O Brasil ainda abriga 9,3 milhões de analfabetos, sendo a maioria, 8,3 milhões, maior de 40 anos. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2023, divulgada nesta sexta-feira (22/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos critérios utilizados pelo IBGE para identificar o analfabetismo é a habilidade de escrever um bilhete simples — aqueles que não conseguem são classificados como analfabetos. Essa parcela da população representa 5,4% do total, uma ligeira redução em comparação com o ano anterior, quando a taxa era de 5,6%.
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Há uma tendência maior do analfabetismo entre os mais velhos, contrastando com a diminuição acentuada entre os mais jovens. Na faixa etária de 15 a 17 anos, ainda há 50 mil pessoas incapazes de ler e escrever. Isso sugere que as políticas voltadas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) podem não estar alcançando efetivamente esse grupo. Mais alarmante ainda é o fato de que 55,3%, mais da metade desses analfabetos, têm 60 anos ou mais.
Além dos analfabetos, há uma parcela da população com mais de 25 anos que não completou a educação básica, compreendendo 46%, segundo a Pnad. No entanto, os investimentos em políticas de EJA têm declinado ao longo dos anos, atingindo o ponto mais baixo em 2021, com apenas R$ 6 milhões alocados, em comparação com os R$ 820 milhões de 2014. Esse declínio resultou na perda de meio milhão de estudantes entre 2018 e 2021, e uma queda adicional de 7% no número de matrículas entre 2022 e 2023.
Os motivos para o abandono escolar entre os brasileiros de 15 a 29 anos são diversos, com destaque para os 45% que abandonaram a sala de aula devido à busca por trabalho, 23% por falta de interesse e 15% por responsabilidades domésticas ou de cuidado. Nota-se a disparidade de gênero nesse último motivo, com menos de 1% dos homens abandonando a escola para o trabalho não remunerado, em comparação com 36% das mulheres.
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*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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