Paraná

Caso Daniel: empresário é condenado a 42 anos de prisão por morte do jogador

Daniel foi encontrado morto em outubro de 2018 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba

Nesta quarta-feira (20/3), Edison Luiz Brittes Júnior foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão pelo assassinato do jogador Daniel Corrêa Freitas em outubro de 2018. Daniel, na época com 24 anos, foi encontrado morto em São José dos Pinhais, cidade da Região Metropolitana de Curitiba. Ele estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.

Sete réus foram julgados, cinco acusados de homicídio, porém somente Edison — réu confesso que estava preso há cinco anos — foi condenado pela morte do jogador. Cristiana Brittes, esposa de Edison, e a filha do casal, Allana Brittes, também receberam condenações por ações relacionadas ao crime.

A sentença de Edison foi lida após votação do Conselho de Sentença na noite desta quarta-feira (20/3). Foi a parte final de três dias de julgamento.

Edison foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.

A mulher de Edison, Cristiana Rodrigues Brittes, foi condenada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão (em regime aberto) por fraude processual e corrupção de menores. A filha, Allana Emilly Brittes, foi condenada a 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão (em regime fechado) por fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.

Os outros quatro réus foram absolvidos das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.

Relembre detalhes do crime

Em 26 de outubro de 2018, Edison, Cristiana e Allana comemoraram o aniversário de 18 anos da jovem em uma casa noturna de Curitiba. A festa continuou na manhã do outro dia na casa dos Brittes, em São José dos Pinhais.

Em depoimento à polícia, Edison Brittes afirmou que Daniel, que também estava na comemoração, tentou estuprar a esposa dele, e que matou o jogador "sob forte emoção". Antes de ser assassinado, Daniel chegou a trocar mensagens e fotos com um amigo, em que aparecia deitado ao lado de Cristiana Brittes.

Dois dias após o crime, Edison marcou um encontro em um shopping da cidade para, segundo a denúncia, coagir testemunhas.

O delegado Amadeu Trevisan, em inquérito concluído pela Polícia Civil, afirmou que não houve tentativa de estupro de Daniel contra Cristiana. O oficial alegou que a mulher e a filha Allana mentiram em depoimento prestado à polícia.

O delegado ainda disse que Daniel não teve como reagir à agressão que sofreu, pois estava muito embriagado. O laudo pericial identificou 13,4 decigramas de álcool por litro de sangue do jogador, que não estava sob efeito de drogas.

 

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