Em meio a uma onda de calor, São Paulo bateu o recorde de dia mais quente de março na sexta-feira, 15, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Mas isso deve mudar muito em breve, pois, de acordo com a empresa de meteorologia Climatempo, este final de semana promete ser mais quente ainda na cidade.
Na quinta-feira, 14, e sexta, 15, a capital paulista vem batendo o recorde de temperatura máxima registrada no mês de março. Nas duas datas, os termômetros marcaram 34,3°C. Essa é a maior temperatura verificada no mês, na cidade de São Paulo, desde o início das medições, em 1943. A mesma máxima mensal já havia sido registrada em 2012.
Este fim de semana, dias 16 e 17, é o último do verão e, segundo a Climatempo promete um calor excepcional em todo o Estado de São Paulo. A capital tem chance de bater os recordes novamente, com previsão de temperaturas máximas de 35°C para o sábado e para o domingo. O outono começa na quarta-feira, 20.
No Estado, temperaturas de 37° a 39° voltam a ser observadas no centro, oeste e norte, enquanto no restante do interior e no litoral serão de 33°C a 36°C. "São temperaturas bastante acima da média normal para março", afirma a Climatempo.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE-SP), a capital amanheceu com nuvens e tempo abafado. A rede de estações meteorológicas da Prefeitura aponta para uma média de 23ºC. No final da tarde, a chegada da brisa marítima pode provocar chuvas rápidas e muito isoladas, mas a previsão é de calorão, o que se repete no domingo.
Onda de calor
Uma nova onda de calor que atinge parte do Brasil fez a temperatura começar a subir na quarta-feira, 13. Uma onda de calor é caracterizada quando as temperaturas permanecem entre 3°C e 5°C acima da média ao longo do período.
O Inmet emitiu alerta de "perigo" e "grande perigo" para ondas de calor nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste. Os termômetros poderão ultrapassar os 30ºC em várias cidades dessas regiões ao longo da semana. De acordo com o órgão, o calorão é provocado por uma alta pressão atmosférica, que faz com que o ar desça para a superfície. Isso dificulta o surgimento de nuvens e deixa o tempo seco.
Como não há nuvens, a radiação atinge com maior intensidade a superfície da Terra. Somado a isso, há mais moléculas perto da superfície, o que aumenta a pressão e faz com que o ar se comprima. O resultado é uma elevação das temperaturas. Há ainda o agravante de que, pela pressão exercida, as frentes frias do mar não conseguem adentrar no interior do Brasil e ficam mais restritas à costa do País.
De acordo com a empresa MetSul, as altas temperaturas resultam de uma bolha de calor que vai se instalar no norte da Argentina e no Paraguai. A MetSul afirma que Mato Grosso do Sul será o mais afetado, em especial, na fronteira com a Bolívia e o Paraguai e no Pantanal. Grande parte das cidades do Estado terá máximas de 37ºC. O calor atingirá também o sudoeste do Mato Grosso e Goiás.
No Rio, a sensação térmica neste fim de semana deve ser superior aos 50°C, segundo o Sistema Alerta Rio, serviço de meteorologia da prefeitura.