O Paraná decretou situação de emergência em saúde pública para a dengue nesta quinta-feira (14/3). O estado está em quarto lugar no ranking de incidência da doença no Brasil, com 1.366 casos por 100 mil habitantes - considera-se epidemia de dengue as unidades federativas que têm esse valor superior a 500.
Atualmente, são mais de 156 mil casos prováveis da doença, 52 óbitos confirmados e outros 85 em investigação. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde.
“Essa é uma medida preventiva, de caráter excepcional. O estado tem realizado um grande esforço para reduzir o número de casos da doença, tanto em aporte financeiro como em apoio especializado aos municípios. O decreto permite reforçar essas ações, somando mais forças no combate à dengue”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O decreto 5.183/2024 terá vigência por 90 dias e tem como finalidade reforçar ações adotadas para o controle e combate à doença. Entre os principais pontos do documento estão a intensificação das visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, recomendações relacionadas ao uso de larvicidas e a importância do cumprimento das determinações sanitárias da Saúde.
A declaração permite, ainda, dar mais agilidade na destinação de recursos do governo estadual e federal aos municípios, evitando trâmites usuais, e facilitando, por exemplo, o processo de aquisição de insumos e medicamentos.
Visando o maior monitoramento dos focos do mosquito, neste sábado (16/3) será realizada uma mobilização em todo o estado sulista para reforçar as ações de limpeza e conscientização contra a dengue.
Cenário nacional
O Brasil registra mais de 1,65 milhão de casos da dengue, 491 óbitos confirmados e outros 889 em investigação. Os dados são da última atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses, nesta quinta-feira (14/3).
No ranking de incidência da doença, o Distrito Federal segue liderando, com 5007 casos por 100 mil habitantes. Na sequência estão Minas Gerais (2.745), Espírito Santo (1.675), Paraná (1.366), Goiás (1.313), Acre (800), Rio de Janeiro (792), São Paulo (686) e Santa Catarina (632). Todas essas unidades federativas são consideradas em epidemia por estarem acima da marca de 500 casos/100 mil habitantes.