Ciência

Brasil tem que ter uma IA à altura dos seus desafios, diz ministra

A declaração foi feita nesta terça-feira (11/3) durante o evento Conecta Recife, promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, junto a Empresa Municipal de Informática (Emprel)

Recife — A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou, nesta terça-feira (12/3), que a tecnologia é capaz de levar o Brasil à autonomia em diferentes segmentos, principalmente a saúde. Para ela, é necessário que governo, empresa e universidades unam forças para incorporar a inteligência artificial nos processos que atendam aos desafios do país.

A declaração foi feita nesta terça-feira (11/3) durante o evento Conecta Recife, promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, junto a Empresa Municipal de Informática (Emprel), para fomentar debates sobre o uso da tecnologia como forma de modernizar e desburocratizar os serviços municipais e estaduais. Os encontros ocorrem nesta terça e quarta-feira (12 e 13/3) no Recife.

“Somos o 13º no ranking mundial de inovação científica, mas o 49º em tecnologia. Nós precisamos melhorar isso. Temos um conjunto de políticas públicas para chegar a esse objetivo, temos o que chamamos a tripla hélice, com as universidades, poder público e a indústria para levar ao Brasil essas tecnologias”, pontuou.

A ministra contou que a implementação de IA nos diversos processos feitos pelo país é uma preocupação do presidente Lula. “Nós queremos que essa vocação natural nossa, que já é muito rica, possa se colocar em outro patamar, para que o Brasil se insira nas cadeias mais dinâmicas econômicas globais. Nós precisamos ter uma estratégia brasileira de IA à altura de nossos desafios. Fizemos uma reunião com o presidente Lula cujo foco é o plano dessa IA”, pontuou.

Autonomia para enfrentar desastres naturais e de saúde

Luciana chamou a atenção para os desafios enfrentados pelo país na área da saúde, que nos levaram a ter dificuldades quando adversidades assolaram o mundo. Um exemplo foi na criação da vacina contra a covid-19.

“Precisamos ser autônomos no complexo industrial de saúde, não podemos ter o Instituto Butantan, a Fiocruz, que também produziu a Astrazeneca, e não termos insumos farmacêuticos decisivos para produzir vacinas, temos que ficar dependendo de outros países”, citou.

Ela disse que a falta de autonomia também ataca a produção agrícola. “Não podemos ser um país que produz alimentos, mas não temos fertilizantes, dependemos da Ucrânia para isso. São coisas que não podemos nos conformar e a agenda de inovação vem para isso. Para que a tecnologia nos ajude a combater esses cenários”, defendeu.

*A repórter viajou a convite do evento.

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