Tragédia

Avião da PF que caiu em BH realizou voos testes nos últimos dois dias

Pilotos que morreram no acidente e o mecânico são de Brasília. Corporação abriu investigação para avaliar o caso

O avião de pequeno porte da Polícia Federal que caiu nesta quarta-feira (6/3) em Belo Horizonte passou por voo teste ontem. As informações estão no histórico de voo e manutenção da aeronave, obtidos pelo Correio. O avião ficou quase dois meses sem voar, período entre o começo de dezembro do ano passado e o final de janeiro deste ano.

Nos últimos dois dias, foram realizados dois voos testes em Belo Horizonte, com o objetivo de avaliar as condições da aeronave e se as funções mecânicas e os instrumentos operavam de maneira correta, a fim de evitar problemas durante as viagens. Antes dos testes, a aeronave realizou um voo no dia 29 de janeiro. Os voos foram registrados pelo site Flight Radar 24, especialista no monitoramento de aviões.

Os comandantes José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Irber, que faleceram no acidente, eram de Brasília. Além deles, o mecânico,Walter Luís Martins,também é morador da capital e de acordo com fontes na corporação, era terceirizado, funcionário de uma companhia aérea privada. Ele está consciente, no hospital, recebendo atendimento médico.

As duas vítimas faleceram com a explosão na hora em que a aeronave tocou o solo. O avião é um modelo Cessna 208B, fabricado em 2001, com 11 lugares e capacidade para dois pilotos e nove passageiros.Imagens realizadas na hora do acidente mostram que o fogo teve início após a queda.

Em nota, a Polícia Federal lamentou as perdas e informou que abriu investigação. "A Polícia Federal já iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente, envolvendo a aeronave Cessna Caravan 208B, e enviará nas próximas horas peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos para auxiliar nas apurações. O Diretor-Geral da instituição, Andrei Rodrigues, também irá ao local. A Polícia Federal se solidariza com os familiares e amigos das vítimas e decreta luto oficial de três dias", destaca um trecho do texto. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também vai avaliar as circunstâncias da queda.

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