Santa Catarina

Marcola, líder de facção criminosa no Amazonas, é assassinado em SC

Homem de 45 anos foi morto a tiros em frente à escola onde deixaria o filho e era considerado foragido pela Polícia do Amazonas pelo crime de homicídio qualificado

Marcos Gama Barroso, também conhecido como "Marcola", apontado como líder de uma facção criminosa no Amazonas, foi assassinado na manhã de segunda-feira (4/3) na cidade de Indaial, em Santa Catarina. A suspeita é de que a morte seria um acerto de contas de uma gangue do tráfico.

O crime ocorreu em frente à uma escola de educação infantil. Marcola estava em um carro, aguardando a esposa que tinha levado o filho deles para dentro do local, quando foi abordado por dois homens que estavam em outro veículo. Ele foi atingido por 16 tiros de armas de fogo.

Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), uma mãe e uma criança, que não tinham relações com Marcola, também foram atingidas pelos tiros, mas não ficaram feridas gravemente.

A suspeita da investigação é de que o crime estaria relacionado a um acerto de contas de uma gangue de tráfico.

De acordo com o delegado Filipe Martins, responsável pelo caso, a vítima tinha vínculo com organização criminosa e que, as primeiras informações apontam que ele vinha sendo ameaçado de morte, após ter trocado de organização, desagradando o grupo rival e por isso estava sendo perseguido por eles. 

Para despistar o grupo criminoso que o ameaçava, Marcos decidiu mudar em Santa Catarina, acompanhado da mulher e do filho e, ao longo dos últimos anos residiu em várias cidades da região.

Marcola era procurado no Amazonas sob suspeita de ser o líder de uma facção criminosa no estado. Em nota encaminhada ao Correio, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que o homem possuía mandado de prisão condenatória pelo crime de homicídio qualificado, decretado no dia 15 de dezembro de 2023 e que estava foragido da Justiça.

Em maio de 2022, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, emitiu um alerta com imagens de seis membros de facções criminosas que estavam foragidos. Marcos Gama Barroso era um deles, sob o codinome de "Marcola".

Em nota, a Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) informou que quatro suspeitos foram presos nas cidades de Registro e Itapecerica da Serra, ambas do Estado de São Paulo e que os presos foram encaminhados às delegacias territoriais do estado para a lavratura dos procedimentos cabíveis. O caso segue em investigação.

Veja a nota da PC-SC na íntegra:

A Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Delegacia de Polícia de Indaial, informa que na manhã desta segunda-feira (04) um homem foi morto a tiros em frente a uma creche da cidade. O crime ocorreu momentos depois da mulher da vítima descer do carro, com o filho, para deixá-lo na creche. Dois homens que estavam em outro veículo, desceram do carro e atiraram na vítima. Duas pessoas – uma mulher e uma criança – que não tem relação com a vítima, ficaram feridas.

Importante ressaltar, de antemão, que apesar do fato ter ocorrido nas proximidades de uma creche, não há tem nenhuma correlação com o atentado às escolas.

Ao tomar conhecimento do fato, a Polícia Civil se deslocou imediatamente para o local dos fatos, juntamente com a Polícia Científica, onde foi feito exame do local de crime e foram ouvidas testemunhas na delegacia.

A Polícia Civil, ao longo do dia, ouviu testemunhas e empreendeu diligências a fim de identificar os suspeitos e, após intensa troca de informações com a Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, 4 (quatro) suspeitos foram presos nas cidades de Registro e Itapecerica da Serra, ambas do Estado de São Paulo.

De acordo com o delegado Filipe Martins, que preside o inquérito, a vítima possuía vínculo com organização criminosa e tinha mandado de prisão ativo pelo crime de homicídio. Informações preliminares dão conta de que a vítima vinha sendo ameaçada de morte há algum tempo, por ter trocado de organização criminosa, o que teria desagradado o grupo rival. Desde então, a vítima vinha sendo perseguida pelo grupo criminoso.

Para despistar o grupo criminoso que o ameaçava, o homem, acompanhado da mulher e do filho, decidiu morar em Santa Catarina e, ao longo dos últimos anos residiu em várias cidades da região.

Os presos foram encaminhados às delegacias territoriais do Estado de São Paulo para a lavratura dos procedimentos cabíveis e será dada continuidade às investigações nos próximos dias.

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