Em carta conjunta, os sete governadores das regiões Sul e Sudeste pedem "maior celeridade no desenvolvimento e na produção de vacinas" e a ampliação de recursos para os estados da região para o combate à epidemia de dengue. O documento ressalta que os sete estados representam 55% da população nacional, com 114 milhões de brasileiros e 70% do Produto Interno Bruto (PIB), e aponta que as unidades federativas vivem uma epidemia de dengue sem precedentes.
"Dado que a epidemia acomete neste momento particularmente o Sul e o Sudeste, contrariando a série histórica, os estados dessas duas regiões advogam pela atualização dos critérios de distribuição de recursos federais para a realidade atual", diz o documento, divulgado no sábado.
Os chefes dos executivos estaduais e suas equipes estiveram reunidos de quinta-feira a sábado, em Porto Alegre, para o encontro do Consórcio que reúne os estados das duas regiões (Cosud). No encerramento do evento, os grupos temáticos apresentaram as conclusões e a secretária estadual de Saúde do RS, Arita Bergmann, destacou que o estado não recebeu a vacina da dengue, apesar da grave situação.
"Estamos pedindo com muita força que o Ministério da Saúde reveja os critérios epidemiológicos, pretendemos demonstrar para o governo federal que os critérios devem ser pactuados no atual cenário da dengue nos sete estados do sul", disse a secretária.
A carta assinada pelos sete governadores reforça que a distribuição de vacinas precisaria de critérios mais transparentes. "Distribuição (de vacinas) que, a um só tempo, seja ágil e atenda a critérios transparentes e pactuados com os entes da Federação", diz a carta.
Assinam o documento os governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ratinho Junior (PSD), do Paraná; Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Jorginho Mello, informou que por motivos médicos não compareceria ao encontro, mas subscreveu o documento.
Apesar da cobrança por mais vacinas e recursos para tratar a dengue, o grupo de governadores, com exceção do capixaba Casagrande, é oposicionista ao atual governo ou apoiador do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), que fez inúmeros discursos contra a vacinação.
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