A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) realizou uma investigação e concluiu que os dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ficaram ao menos 30 dias sem revista nas celas.
De acordo com a investigação, a falta do procedimento pode ter resultado nos acontecimentos que culminaram na fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, apelidado de Tatu ou Deisinho.
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Os presos teriam conseguido fugir por meio de um buraco na luminária de suas celas, aproveitando a ausência de revistas. Essa falta de fiscalização possibilitou que eles utilizassem uma espécie de chapa de 20 cm para abrir o buraco e deixarem o local.
Além da falta de revista, foram identificadas deficiências estruturais na penitenciária, como o uso de luminárias com parafusos inadequados e a ausência de laje no shaft, o que também facilitou a fuga dos detentos.
Câmeras de vigilância inativas e cercas elétricas danificadas também foram identificados como falhas no sistema de segurança da penitenciária.
Uma das questões que os investigadores buscam esclarecer é o motivo pelo qual o projeto original da construção da penitenciária incluía uma laje no shaft, enquanto no projeto executivo essa laje foi removida. Também querem apurar quem autorizou a instalação dos parafusos inadequados na luminária em 2018.
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