A defesa do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, preso, neste domingo (24/3), apontado como mandante do assassinato de Marielle Franco negou o envolvimento do ex-deputado com a morte da vereadora. Por meio de nota, os advogados alegaram que não existe “qualquer motivação” que possa vincular Brazão ao caso.
“Domingos Brazão, que desde o primeiro momento sempre se colocou formalmente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que entendessem necessários, foi surpreendido neste domingo (24) pela determinação do Supremo Tribunal Federal”, escreveu a defesa, em referência à decisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva do conselheiro.
Os advogados do acusado de mandar matar Marielle reforçaram a “inexistência de qualquer motivação que possa lhe vincular ao caso” e negou “qualquer envolvimento com os personagens citados”, por exemplo, com o sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Edmilson Macalé.
A defesa ainda argumentou que a delação premiada de Ronnie Lessa, um dos executores do crime, não deve ser “tratada como verdade absoluta”. “Delações não devem ser tratadas como verdade absoluta, especialmente quando se trata da palavra de criminosos que fizeram dos assassinatos seu meio de vida”, opinou. De acordo com a nota, Domingos “aguarda que os fatos sejam concretamente esclarecidos”.
Chiquinho Brazão, deputado federal, irmão de Domingos, também acusado de ser mandante da morte de Marielle não se manifestou até o momento sobre a prisão deste domingo (24/3).
Veja a íntegra da nota:
"Domingos Brazão, que desde o primeiro momento sempre se colocou formalmente à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos que entendessem necessários, foi surpreendido neste domingo (24) pela determinação do Supremo Tribunal Federal. Em tal contexto, reforça a inexistência de qualquer motivação que possa lhe vincular ao caso e nega qualquer envolvimento com os personagens citados, ressaltando que delações não devem ser tratadas como verdade absoluta — especialmente quando se trata da palavra de criminosos que fizeram dos assassinatos seu meio de vida — e aguarda que os fatos sejam concretamente esclarecidos."
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