No Dia Mundial da Água, celebrado nesta sexta-feira (22/3), é essencial refletir sobre os cuidados necessários para preservar os mares e oceanos. Um dos principais desafios é o acúmulo de lixo, que representa uma ameaça significativa para esses ecossistemas.
"A preservação desses ecossistemas é de importância vital. Eles são necessários para manter o equilíbrio ecológico do nosso planeta, garantir a segurança alimentar de bilhões de pessoas, proteger a rica biodiversidade marinha e atuar na mitigação das mudanças climáticas, absorvendo grandes quantidades de dióxido de carbono", explica Guilherme Almeida, especialista em gestão de resíduos, coleta seletiva e Presidente do Grupo Urbam.
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A poluição marinha, causada por resíduos plásticos, metais e outros materiais descartados de forma inadequada, prejudica a vida marinha e afeta a saúde dos oceanos. "O lixo, em particular o plástico, tem um impacto devastador no meio ambiente marinho, causando a morte de milhões de animais marinhos todos os anos, seja por ingestão direta desses resíduos ou por emaranhamento neles", comenta o especialista.
"O acúmulo de lixo nos oceanos também contribui para a formação de grandes "ilhas de lixo". Estes acúmulos de resíduos, que muitas vezes flutuam logo abaixo da superfície da água, podem perturbar ecossistemas inteiros, prejudicando a vida marinha e afetando atividades econômicas como o turismo e a pesca, que são vitais para muitas economias ao redor do mundo. Portanto, é crucial que medidas sejam tomadas para combater esta crescente crise ambiental", afirma Almeida.
Ele ainda explica que é fundamental adotar práticas sustentáveis de consumo e descarte, além de participar de iniciativas de limpeza de praias e conscientização ambiental para proteger esses preciosos recursos hídricos. Os principais pontos são:
- Reduzir, reutilizar e reciclar materiais, especialmente plásticos, para minimizar o descarte inadequado.
- Participar e apoiar limpezas de praias e rios, que ajudam a remover resíduos que já alcançaram esses ambientes.
- Apoiar e seguir legislações e políticas que visam proteger os ecossistemas aquáticos, incluindo restrições à pesca predatória e à poluição industrial.
- Adotar hábitos de consumo consciente, preferindo produtos que gerem menos resíduos e evitando produtos com micro plásticos.
- Educar-se e conscientizar a comunidade sobre a importância dos ecossistemas aquáticos e os impactos da poluição.
Pequenas ações podem ter um impacto significativo na preservação das águas, entre essas ações podemos destacar:
- Diminuir o uso de produtos plásticos de uso único, como sacolas, garrafas e canudos, optando por alternativas reutilizáveis.
- Descartar de maneira adequada todos os resíduos gerados.
- Participar de programas de reciclagem e compostagem para reduzir a quantidade de lixo que acaba nos oceanos.
- Apoiar organizações e projetos dedicados à conservação marinha e à pesquisa científica sobre os oceanos.
- Incentivar práticas sustentáveis em comunidades locais, incluindo a limpeza de áreas aquáticas locais.
- Utilizar produtos de limpeza sustentáveis que não agridem os ecossistemas aquáticos ao serem descartados.
"Estas ações, embora pareçam pequenas, quando adotadas por muitos, têm o potencial de causar um impacto significativo na preservação dos mares, oceanos e rios, garantindo a saúde desses ecossistemas vitais para as futuras gerações", afirma o especialista.
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