Movimentos sociais realizam manifestações neste sábado (23/3) em repúdio ao golpe militar de 1964 e contra a anistia aos envolvidos em articulações golpistas, como as que levaram ao ataque do dia 8 de janeiro. O ato acontece nas vésperas da data que marca os 60 anos do golpe que levou à ditadura militar no comando do Brasil.
Estão confirmados 22 atos até o momento, abarcando 19 estados e uma manifestação em Portugal. A mobilização é encabeçada pela Frente Brasil Popular (FBP), pela Frente Povo Sem Medo (FPSM), além das centrais sindicais, partidos políticos e outras organizações.
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Segundo as frentes que organizam as manifestações, o movimento terá como objetivo pedir por ditadura nunca mais, fazer a defesa da democracia, demandar contra a anistia para golpistas e demandar pelo fim do massacre na Faixa de Gaza.
O ato ocorre após manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, que pediu justamente anistia para os presos no 8 de janeiro. Também ocorre após orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que integrantes de seus governos não realizem atos em memória da ditadura, o que repercutiu mal nos movimentos sociais e entidades que pedem justiça às vítimas do regime militar.
Segundo levantou em 2014 a Comissão Nacional da Verdade, 191 pessoas foram mortes e outras 210 desapareceram durante os anos de chumbo, sendo que 33 dos desaparecidos tiveram seus corpos localizados posteriormente.
Para os movimentos que organizam a manifestação, é preciso utilizar o marco de 60 anos do golpe militar para relembrar a violência e os crimes cometidos no período, bem como reforçar ameaças atuais à democracia, como o crescimento da extrema-direita.
Em Brasília, o ato ocorre às 16h do sábado na Praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic.
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