Em delação, o ex-policial militar Ronnie Lessa disse que a exploração imobiliária pelas milícias no Rio de Janeiro, marcam o contexto dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. A informação é da colunista Bela Megale, do O Globo.
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A delação do ex-PM foi assinada com a Polícia Federal e homologada nesta semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informa a colunista Bela Megale, o ex-policial detalhou em seu relato à Polícia Federal como a vereadora entrou em choque com pessoas que defendiam a expansão de terrenos que abastecem um grupo ligado a milícia do Rio. Fator que ocasionou a contratação de Lessa para a execução.
A especulação imobiliária se tornou um dos principais pilares financeiros do crime organizado na cidade. De acordo com a prefeitura do Rio, em mais de 1,3 mil edificações irregulares associadas a grupos milicianos foram demolidas e estima-se que o prejuízo para as organizações foi de R$ 646 milhões.
Em janeiro, o jornal O Globo publicou a reportagem que apontava uma possível causa para o assassinato da vereadora. Lessa informou que o mandante do crime buscava regularizar uma área para utilizá-la para especulação imobiliária, mas Marielle defendia que a ocupação do terro fosse destinada a pessoas de baixa renda. A área seria um terreno em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
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