Seis pessoas foram presas em operação deflagrada na manhã desta terça-feira (12/3) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A Operação Tricherie desarticulou uma organização criminosa que praticava estelionato, na modalidade conhecida como “golpe do motoboy” e lavagem de dinheiro.
A operação ocorreu nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Itapevi e Jacareí, todas no estado de São Paulo, por crimes registrados em Minas Gerais. O grupo criminoso atuou em 20 cidades do estado, totalizando 68 ocorrências. Foram expedidos 17 mandados de prisão pela Justiça Criminal de Belo Horizonte. Até o momento, seis pessoas foram presas.
No golpe do motoboy, a vítima recebe uma ligação de um integrante do grupo criminoso, que alega ser de uma instituição financeira. O criminoso consegue a senha pessoal de cartões bancários e, em seguida, informa que um motoboy buscará os cartões da vítima. Após a entrega dos cartões, a organização efetua diversos saques, compras ou transferências para outros integrantes do bando em contas fraudadas.
Além dos mandados de prisão, foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão e 18 ordens de sequestro, que totalizaram cerca de R$ 1,4 milhão nas contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança, investimentos, ações e cotas de capital dos investigados.
Nas ocorrências de Minas, as vítimas declararam ter perdido um valor superior a meio milhão de reais. No entanto, mais da metade dos registros não apresentam o valor perdido, então estima-se que o grupo tenha causado um prejuízo ainda maior no estado mineiro.
A ação foi realizada através do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GCOC), com atuação junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG. A operação contou com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP) e do Gaeco-SP.
O nome da operação designa “trapaça, engano, falcatrua” em francês. Dessa palavra derivou o termo em inglês “trickster”, que é um arquétipo mitológico presente em diversas culturas, como o deus nórdico Loki e o saci-pererê, ambos com aspectos ligados à fraude e ao engodo.
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