Idivalde de Aguiar Coelho, de 77 anos, foi preso no Pará nesta sexta-feira (8/3) condenado pelo homicídio de Elza Raimundo dos Santos, que estava grávida, do pai e do cunhado dela. Os três foram assassinados em março de 1986 na Zona Rural de Peçanha, na Região do Vale do Rio Doce, após denunciarem Idivalde por estupro, que engravidou a vítima, e por manter Elza em condição análoga a escravidão.
O homem foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais no ano do crime e preso pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Governador Valadares e a Divisão de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil do Pará, 38 anos depois.
Idivalde foi condenado a 39 anos de prisão em 2013, mas recorreu da condenação em liberdade e fugiu para o Pará, onde foi preso. Ele foi condenado em sentença transitada em julgado em 2016 e estava foragido desde julho de 2018. O homem foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil em Breu Branco e será levado ao presídio, onde ficará à disposição da Justiça de Peçanha.
O caso
Elza Raimundo dos Santos vivia em situação análoga à escravidão na fazenda de Idivalde, segundo investigações na época do crime, e foi estuprada pelo homem em 1985. A vítima, que engravidou de Idivalde, era ameaçada pelo condenado a não relatar os crimes a ninguém. Depois de oito meses, Elza, que estava grávida, foi à polícia acompanhada do pai, Geraldo Raimundo, e do cunhado, Raimundo Ferreira, para denunciar.
As três vítimas foram emboscadas por Idivalde e pelo capataz José Guilherme da Silva e mortas a tiros, após chegarem da delegacia.
Este é o segundo caso de prisão tardia registrado nesta semana. Um homem condenado por homicídio cometido em 1985 foi preso pela Polícia Civil em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, nessa quinta-feira (7/3).
O homem, de 65 anos, foi julgado e condenado pelo assassinato de um adolescente de 17 anos.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br