As buscas pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Gande do Norte, entraram para o 23º dia nesta quinta-feira (7/3). As autoridades policiais ainda não têm pistas concretas do paradeiro de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral. O número de dias de buscas dos dois criminosos ultrapassa a caçada do assassino em série Lázaro Barbosa — que ficou 20 dias foragido em Cocalzinho de Goiás, em 2021, com busca que ganhou repercussão nacional.
As buscas por Lázaro contaram com a participação de 270 agentes. No 20º dia de buscas, ele entrou em confronto com a polícia, foi baleado e morreu em Águas Lindas de Goiás. Lázaro Barbosa matou quatro pessoas da mesma família em Ceilândia Norte (DF), em 9 de junho de 2021. No período em que ficou foragido, o criminoso invadiu chácaras, fez pessoas reféns e trocou tiros com a polícia.
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Fuga em Mossoró
A fuga de Rogério e Deibson foi a primeira registrada em uma prisão de segurança máxima desde a criação do sistema penitenciário federal, em 2006. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 500 policiais estão envolvidos nas buscas pelos foragidos. Esses agentes são da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias estaduais, e atuam durante dia e noite. A Força Nacional também está envolvida. O trabalho de recaptura dos criminosos é considerado complexo por estar sendo feito em terreno formado por matas, zonas rurais e com grutas.
Os agentes que participam das buscas utilizam drones, aeronaves e equipamentos que medem a temperatura corporal. O ministro Ricardo Lewandowski afirmou que nenhuma hipótese foi descartada, mas que só a conclusão da investigação poderá indicar se houve conivência de agentes penitenciários na fuga dos criminosos.
A Polícia Federal anunciou recompensas na busca dos dois fugitivos de R$ 15 mil para qualquer pessoa que tenha informações sobre Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Querubin, e mais R$ 15 mil para denúncias que ajudem a captura de Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu ou Desinho.
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