Marcos Gama Barroso, também conhecido como "Marcola", apontado como líder de uma facção criminosa no Amazonas, foi assassinado na manhã de segunda-feira (4/3) na cidade de Indaial, em Santa Catarina. A suspeita é de que a morte seria um acerto de contas de uma gangue do tráfico.
O crime ocorreu em frente à uma escola de educação infantil. Marcola estava em um carro, aguardando a esposa que tinha levado o filho deles para dentro do local, quando foi abordado por dois homens que estavam em outro veículo. Ele foi atingido por 16 tiros de armas de fogo.
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Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), uma mãe e uma criança, que não tinham relações com Marcola, também foram atingidas pelos tiros, mas não ficaram feridas gravemente.
A suspeita da investigação é de que o crime estaria relacionado a um acerto de contas de uma gangue de tráfico.
De acordo com o delegado Filipe Martins, responsável pelo caso, a vítima tinha vínculo com organização criminosa e que, as primeiras informações apontam que ele vinha sendo ameaçado de morte, após ter trocado de organização, desagradando o grupo rival e por isso estava sendo perseguido por eles.
Para despistar o grupo criminoso que o ameaçava, Marcos decidiu mudar em Santa Catarina, acompanhado da mulher e do filho e, ao longo dos últimos anos residiu em várias cidades da região.
Marcola era procurado no Amazonas sob suspeita de ser o líder de uma facção criminosa no estado. Em nota encaminhada ao Correio, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que o homem possuía mandado de prisão condenatória pelo crime de homicídio qualificado, decretado no dia 15 de dezembro de 2023 e que estava foragido da Justiça.
Em maio de 2022, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, emitiu um alerta com imagens de seis membros de facções criminosas que estavam foragidos. Marcos Gama Barroso era um deles, sob o codinome de "Marcola".
Em nota, a Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) informou que quatro suspeitos foram presos nas cidades de Registro e Itapecerica da Serra, ambas do Estado de São Paulo e que os presos foram encaminhados às delegacias territoriais do estado para a lavratura dos procedimentos cabíveis. O caso segue em investigação.
Veja a nota da PC-SC na íntegra:
A Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Delegacia de Polícia de Indaial, informa que na manhã desta segunda-feira (04) um homem foi morto a tiros em frente a uma creche da cidade. O crime ocorreu momentos depois da mulher da vítima descer do carro, com o filho, para deixá-lo na creche. Dois homens que estavam em outro veículo, desceram do carro e atiraram na vítima. Duas pessoas – uma mulher e uma criança – que não tem relação com a vítima, ficaram feridas.
Importante ressaltar, de antemão, que apesar do fato ter ocorrido nas proximidades de uma creche, não há tem nenhuma correlação com o atentado às escolas.
Ao tomar conhecimento do fato, a Polícia Civil se deslocou imediatamente para o local dos fatos, juntamente com a Polícia Científica, onde foi feito exame do local de crime e foram ouvidas testemunhas na delegacia.
A Polícia Civil, ao longo do dia, ouviu testemunhas e empreendeu diligências a fim de identificar os suspeitos e, após intensa troca de informações com a Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal, 4 (quatro) suspeitos foram presos nas cidades de Registro e Itapecerica da Serra, ambas do Estado de São Paulo.
De acordo com o delegado Filipe Martins, que preside o inquérito, a vítima possuía vínculo com organização criminosa e tinha mandado de prisão ativo pelo crime de homicídio. Informações preliminares dão conta de que a vítima vinha sendo ameaçada de morte há algum tempo, por ter trocado de organização criminosa, o que teria desagradado o grupo rival. Desde então, a vítima vinha sendo perseguida pelo grupo criminoso.
Para despistar o grupo criminoso que o ameaçava, o homem, acompanhado da mulher e do filho, decidiu morar em Santa Catarina e, ao longo dos últimos anos residiu em várias cidades da região.
Os presos foram encaminhados às delegacias territoriais do Estado de São Paulo para a lavratura dos procedimentos cabíveis e será dada continuidade às investigações nos próximos dias.
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