O número de policiais militares na ativa caiu 6,8% na última década. Já as polícias civis encolheram 2% no mesmo período. Os números estão na pesquisa divulgada nesta terça-feira (27/2) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Por outro lado, o volume de cidades com guardas municipais cresceu em 35,7% na última década.
O estudo, batizado de Raio-X das Forças de Segurança Pública do Brasil, faz um levantamento dos efetivos, salários, diversidade de gênero e carreiras. Para pesquisadores do Fórum, a redução nas polícias estaduais forçou prefeitos a investirem na criação das guardas municipais.
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Em 2013, as polícias militares contavam com 434.524 agentes na ativa, sendo a maior força de segurança do país. Em 2023, o número caiu para 404.871. O contingente previsto do ano passado, por sua vez, era de 584.462. Ou seja, 69,3% das vagas foram efetivamente ocupadas. O baixo efetivo prejudica especialmente o policiamento ostensivo, de responsabilidade das PMs.
Das 27 unidades da Federação, 19 perderam policiais. O Distrito Federal (DF) registra a maior queda, com 31,5% menos servidores nos últimos 10 anos. Em seguida aparecem Rio Grande do Sul (22,5%), Paraná (19,4%), Santa Catarina (16,9%), Amapá (16%), Minas Gerais (13,7%) Amazonas (10,8%), Goiás (10,7%), São Paulo (8,9%), Tocantins (7,8%), Rondônia (7,2%) e Espírito Santo (7,1%).
Polícia Civil também encolheu
As polícias civis e técnico-científicas, também estaduais, contam com 113.899 servidores em 2023, contra 116.169 em 2013. Os estados que sofreram redução mais preocupante foram Rondônia (30,6%) e
Rio de Janeiro (25,3%). As corporações são essenciais para a investigação dos crimes.
Já as guardas municipais têm um efetivo estimado em 95.175 homens e mulheres, espalhados entre 1.467 agências em 2023. Segundo a pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.081 cidades possuíam guardas municipais em 2014.
Para os pesquisadores do Fórum, é urgente a realização de concursos para repor os quadros das polícias brasileiras, bem como rever as estruturas de carreira e salários. O estudo aponta ainda que um grande número de policiais é cedido para outros órgãos e instituições, o que compromete ainda mais o efetivo já insuficiente.
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