Tráfico de animais

Ibama e PF repatriam 17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis da África

Animais foram encontrados em um veleiro com bandeira brasileira no Togo, na costa oeste africana. Os micos estavam doentes e cobertos de óleo, e serão tratados e reabilitados

O Ibama e a Polícia Federal (PF) repatriaram 17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis-de-lear apreendidos em um barco no Togo, na costa oeste africana. Os animais chegaram ao Brasil nesta segunda-feira (26/2) e foram encaminhados para instituições especializadas, onde serão examinados e reabilitados.

A apreensão ocorreu em um veleiro que deixou o Brasil rumo ao Benin, que faz fronteira com o Togo. A embarcação hasteava a bandeira brasileira, e foi abordada pela polícia local após apresentar problemas em 13 de fevereiro. Quatro homens foram presos em flagrante: um brasileiro, um uruguaio, um surinamês e um togolês.

As 12 aves estavam estressadas, mas bem de saúde. Os micos, porém, foram encontrados cobertos de óleo, gripados, com sarna e outras doenças de pele. Além dos resgatados, dos quais seis em estado grave, outros três foram encontrados mortos no veleiro. Após a apreensão, o Ibama enviou uma veterinária e um analista ambiental para tratar os animais, com 30 kg de rações, sementes e medicamentos.

"Nossa maior preocupação era correr contra o tempo para salvar as aves e os micos brasileiros", comentou o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. "O manejo e o cuidado veterinário que chegaram a tempo salvaram todos. Os micos estavam muito doentes, e todos voltaram para o Brasil", emendou. Após a reabilitação, os animais serão avaliados para saber se têm condições de voltar à natureza.

Espécies protegidas

Tanto os micos-leões-dourados quanto as araras-azuis-de-lear são protegidas pela Convenção Sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), acordo do qual o Togo também faz parte. A PF investiga o caso de tráfico de animais.

Também participaram da operação o Ministério das Relações Exteriores, o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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