Segurança

Caçada em Mossoró prende três suspeitos de ajudar fugitivos

Trio foi detido na fronteira entre o Rio Grande do Norte e o Ceará. Com o grupo, foram encontradas armas e drogas. Aproximadamente 500 agentes da PF e da PRF estão envolvidos nas buscas aos dois foragidos

Três pessoas foram presas sob suspeita de ajudar dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Uma delas foi presa por força de mandado expedido pela Justiça Federal. Na manhã de ontem, ele foi submetido a uma audiência de custódia e a sua prisão foi mantida. Os dois outros foram presos em flagrante. Um carro, armas e drogas foram apreendidos com o suposto trio de facilitadores, que estava na divisa com o Ceará

As autoridades ainda procuram esclarecer como os detidos colaboraram para a fuga, inédita na política prisional de segurança máxima, dos dois criminosos.

As buscas por Deibson Cabral Nascimento, de 34 anos, e Rogério Mendonça, de 36, chegaram ao nono dia nesta quinta-feira. Segundo as investigações, eles são integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. As condições da fuga são investigadas pela Polícia Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou o uso da Força Nacional em Mossoró. De acordo com a pasta, serão enviados cem agentes e 20 viaturas para o local.

A autorização atendeu a um pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos. Atualmente, cerca de 500 agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias locais realizam buscas pelos foragidos.

Os agentes que participam das buscas utilizam drones, aeronaves e equipamentos que medem a temperatura corporal. Investigadores acreditam que os foragidos estejam na região. No fim de semana, em Mossoró, o ministro Lewandowski afirmou que nenhuma hipótese foi descartada, mas que só a conclusão da investigação poderá indicar se houve conivência de agentes penitenciários.

"Enquanto estamos apurando, as correções estão sendo feitas. As possíveis falhas já estão corrigidas, de maneira que o presídio de Mossoró voltou a ser absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá se encontram", disse o titular da Justiça.

Empresa suspeita

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação para apurar as suspeitas de que uma empresa responsável por obras no Presídio Federal de Mossoró está registrada em nome de um "laranja". O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo.

A apuração do TCU foi aberta a partir de uma representação formulada pelo subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado. O caso está sob relatoria do ministro Jorge de Oliveira.

Mais Lidas