Carnaval

Mangueira homenageia Alcione em desfile: 'Não sou uma qualquer'

Escola homenageou uma das integrantes mais ilustres e seus 50 anos de carreira

Quarta a entrar na Marquês de Sapucaí na noite desta segunda-feira (12/2), a Estação Primeira de Mangueira prestou uma homenagem a cantora Alcione, que completou 50 anos de carreira e de escola. Ícone da agremiação, Alcione desfilou no último carro, chamado "Meu Palácio tem Rainha", usando uma coroa.

Antes do desfile, a cantora ainda participou de um "esquenta" cantando para o público. "Muito prazer, galera. Sou Alcione. A negra voz do amanhã. E não sou uma qualquer", abriu o desfile. 

Um dos carros ainda trouxe a cantora Maria Bethânia, amiga pessoal de Alcione. Outros famosos também estiveram presentes, como Taís Araújo e Regina Casé. 

Pablo PORCIUNCULA / AFP -
Pablo PORCIUNCULA / AFP -
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O enredo da escola foi A negra voz do amanhã, uma homenagem a Alcione e a terra dela, o Maranhão. A cantora é uma das fundadoras e também presidente de honra da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, que estimula crianças e jovens a se envolverem no carnaval.

 
 
 
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Confira a letra do samba-enredo da Mangueira para o carnaval 2024:

Xangô chama Iansã
Que a voz do amanhã já bradou no Maranhão
Tambor de Mina, encantados a girar
O divino no altar, a filha de toda fé
Sob as bênçãos de maria, batizada Nazareth
Quis o destino quando o tempo foi maestro
Soprar a vida aos pés do velho cajueiro
Guardar no peito a saudade de mainha
Do reisado a ladainha, São Luis o seu terreiro


Ê bumba meu boi! Ê boi de tradição!
Tem que respeitar Maracanã que faz tremer o chão
Toca tambor de crioula, firma no batuquejê
Ô pequena feita pra vencer
Vem brilhar no Rio Antigo, mostra seu poder de fato
Fina flor que não se cheira não aceita desacato

Vai provar que o samba é primo do jazz
Falar de amor como ninguém faz
Nas horas incertas, curar dissabores
Feito uma loba impor seus valores
E seja o pilar da esperança
Das rosas que nascem no morro da gente
Sambando, tocando e cantando
Se encontram passado, futuro e presente

Mangueira! De Neuma e Zica
Dos versos de Hélio que honraram meu nome
Levo a arte como dom
Um brasil em tom marrom que herdei de Alcione
Ela é Odara, deusa da canção
Negra voz, orgulho da nação

Meu palácio tem rainha e não é uma qualquer
“Arreda homem que aí vem mulher”
Verde e rosa dinastia pra honrar meus ancestrais
Aqui o samba não morrerá jamais

Acidente na dispersão e problema com carro 

Um aderecista teve que passar todo o desfile segurando a cabeça de uma escultura que representava Alcione, que quebrou. Durante a dispersão, um acidente deixou duas mulheres feridas. Uma delas caiu do carro e a outro ficou pendurada. As duas foram levadas para o hospital e estão estáveis.

 

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