Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão pelo homicídio da filha Isabella Nardoni, deve cumprir a pena em regime aberto a partir de 6 de abril. O detento conseguiu reduzir em quase 1 mil dias a pena após trabalhar e ler no presídio.
Nardoni cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo. Em setembro do ano passado, a Justiça decidiu favoravelmente ao pedido de redução de pena feito pela defesa de Alexandre. A decisão, que não foi a primeira acatada pela Justiça de redução de pena, tirou 96 dias de pena.
A justificativa da defesa de Alexandre foram os trabalhos realizados por ele num período de 277 dias, o que abateu 92 dias da pena. Outros quatro dias foram eliminados após a leitura do livro Carta ao Pai, de Franz Kafka.
No entanto, devido a trabalho e leituras, o condenado conseguiu eliminar 990 dias de pena, que cumpre desde 2008. o total eliminado corresponde a 2 anos e 9 meses. A maior parte, 894 dias, segundo o Tribunal de Justiça, foram eliminados enquanto o processo corria de forma física.
O trabalho de Nardoni é realizado na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap). Dentro da penitenciária, funcionam fábricas de carteira e cadeiras escolares, fechaduras e pastilhas desinfetantes para vaso sanitário. O programa tem como objetivo ajudar na ressocialização do detento, ensinando um ofício, além de ser uma forma de reduzir a pena.
Pelo programa de remissão de pena pelo trabalho, a cada três dias trabalhados, o preso pode abater um dia de pena, desde que seja autorizado pela Justiça.
No regime aberto, o preso cumpre a pena fora da prisão, podendo trabalhar ao longo do dia. Pela noite, deve voltar para um endereço autorizado pela Justiça. Para não perder o benefício, o preso tem que permanecer no endereço designado pela justiça; cumprir os horários combinados para ir e voltar do trabalho e quando determinado, deve comparecer em juízo, para informar e justificar suas atividades.
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