Saúde

Covid: Boletim da Fiocruz aponta aumento de casos no Centro-Sul do país

São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro apresentaram alta nas internações associadas ao coronavírus

É preciso ficar atento a eventuais sintomas de resfriado ou quadros parecidos com uma gripe, diz especialista -  (crédito: JAVIER TORRES/AFP)
É preciso ficar atento a eventuais sintomas de resfriado ou quadros parecidos com uma gripe, diz especialista - (crédito: JAVIER TORRES/AFP)

O último Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentou alterações no cenário epidemiológico do país. A região Norte — que estava há semanas em alerta devido ao aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à covid-19 — teve diminuição no número de casos da doença. Enquanto no Centro-Sul, alguns estados apresentaram sinal de crescimento.

O levantamento é referente à Semana Epidemiológica 6, de 4 a 10 de fevereiro, e a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 14 de fevereiro.

Isolamento

Os estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro apresentaram uma retomada de alta das internações associadas à covid-19. No Sul e no Sudeste, em especial, também foram observadas internações pelo vírus influenza. O pesquisador e coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, reforça a importância de ficar atento a eventuais sintomas de resfriado ou quadros parecidos ao de gripe.

“Em caso positivo, a orientação é buscar um posto de atendimento, fazer o teste e se isolar. Mesmo que o teste para covid-19 eventualmente dê negativo — pois eventualmente há os falsos negativos —, é importante fazer o isolamento. O isolamento e o uso de uma boa máscara, para quem está com sintomas, funciona tanto para a covid-19 quanto para a gripe”, pontuou o pesquisador da Fiocruz. “Prevenção é sempre mais importante e sempre mais fácil”, emendou.

Efeito pré-carnaval

Os estados do Norte, que foram os últimos a registrar um aumento de SRAG por covid-19 na virada do ano, mostraram um sinal de possível interrupção e queda no número de casos.

Gomes aponta que, como o período da análise foi antes da semana de carnaval, eventuais internações em decorrência de infecções no período podem aparecer nas próximas semanas.

“Entre a pessoa desenvolver os primeiros sintomas e surgir um quadro grave o suficiente para necessitar a internação leva por volta de uma semana ou pouco mais de uma semana. Então, apenas nas próximas semanas, poderemos começar a observar possíveis consequências em termos de internações. Por enquanto, ainda é efeito pré-carnaval e início de 2024.”

De acordo com o boletim, nas últimas oito semanas, a incidência de SRAG por covid-19 segue afetando crianças de até 2 anos de idade e a população a partir de 65 anos de idade. A mortalidade também tem se mantido mais elevada nos idosos com predomínio de covid-19.

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 19/02/2024 16:12
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