Segurança Pública

PF fará perícia em celas de fugitivos de presídio de segurança máxima no RN

Ministério da Justiça decide instalar gabinete de crise em Mossoró devido à responsabilidade direta do governo federal sobre o caso

A PF fará a perícia das celas dos fugitivos e investigará possíveis participações de agentes na fuga -  (crédito: Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais)
A PF fará a perícia das celas dos fugitivos e investigará possíveis participações de agentes na fuga - (crédito: Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais)

A Polícia Federal irá periciar as celas dos dois presos que fugiram de uma penitenciária de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, na madrugada desta quarta-feira (14/2). Os oficiais devem abrir uma investigação para averiguar as exatas circunstâncias do ocorrido e um possível envolvimento de agentes penitenciários na fuga.

A fuga — primeira registrada desde a inauguração do sistema de penitenciárias de segurança máxima, em 2006 — foi constatada por agentes ainda na manhã desta quarta. Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, o “Tatu”, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho”, de 34 anos.

O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, já agendou uma viagem a Mossoró para acompanhar a busca pelos foragidos e a apuração das circunstâncias da fuga.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza buscas pelos fugitivos nas rodovias federais. As secretarias estaduais de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do RN anunciaram a realização de patrulhamento aéreo com helicóptero na região de Mossoró.

Segundo fontes no Ministério da Justiça, ouvidas na condição de anonimato pelo Correio, o Ministério da Justiça decidiu instalar um gabinete de crise em Mossoró.

De acordo com as informações obtidas pela reportagem, a decisão ocorreu por conta da responsabilidade direta do governo federal sobre o caso, tendo em vista que a unidade onde ocorreram as fugas está sob gestão da União e faz parte do sistema penitenciário federal de segurança máxima.

De São Paulo (SP), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, monitora as ações de busca dos fugitivos à distância. Essa é a primeira crise desde que assumiu o cargo de ministro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes

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postado em 14/02/2024 19:05 / atualizado em 14/02/2024 19:05
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