OPERAÇÃO

Suspeitos de vender dados do presidente do STF são presos pela PF

Dentre os usuários que acessavam os dados, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança

A investigação da Polícia Federal indica que dados de inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas estavam disponíveis para consulta nas redes sociais -  (crédito: Divulgação/Polícia Federal)
A investigação da Polícia Federal indica que dados de inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas estavam disponíveis para consulta nas redes sociais - (crédito: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (1º/2), pai e filho suspeitos de invadir sistemas federais e vender dados pessoais de autoridades. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, foi uma das vítimas da atividade criminosa. As informações são da Globonews.

As prisões dos suspeitos foram feitas no âmbito da operação I-Fraude, deflagrada na quarta-feira (31/1).  Dois mandados judiciais, expedidos pela 12ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, foram cumpridos em Campinas (São Paulo) e um em Caruaru (Pernambuco). Além disso, foi determinado o bloqueio de até R$ 4 milhões das contas bancárias dos investigados.

A investigação da Polícia Federal indica que dados de inúmeras autoridades e pessoas publicamente conhecidas estavam disponíveis para consulta nas redes sociais. Segundo a corporação, existiam diversos "planos" de mensalidades, de acordo com o número de consultas realizadas. O painel de consulta dos dados contava com aproximadamente dez mil “assinantes”, com uma média de dez milhões de consultas mensais.

"Dentre os usuários, foi possível identificar membros de facções criminosas e até mesmo integrantes das forças de segurança. Com relação a estes últimos, os criminosos ofereciam o serviço de forma gratuita. No entanto, o servidor precisava enviar, para comprovação de identidade, foto de sua carteira funcional. Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados", afirma a PF.

As penas para o crime de invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa podem chegar a 23 anos de reclusão. Com a continuidade das investigações, os suspeitos ainda poderão responder por outros crimes em que tenham envolvimento.

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postado em 02/02/2024 08:13
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