Minas Gerais

Menina deixada morta na rua foi estuprada e morreu sufocada, diz polícia

Suspeito inventou que a vítima estava passando mal e a levou para sua casa para beber água. Com a investigação, foi acusado de estupro de vulnerável, fraude processual, corrupção de menor e homicídio por motivo torpe

Ana Luiza Gomes, de 12 anos, encontrada morta em uma calçada na região sudoeste de Belo Horizonte em 16 de janeiro, foi estuprada e morreu sufocada, de acordo com a Polícia Civil. O homem que a levou para sua casa, Davi Martins Santos, de 25 anos, foi o responsável pelo assassinato. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, fraude processual, corrupção de menores e homicídio por motivo torpe, e sua pena pode chegar a 58 anos de prisão.

O delegado responsável pelo caso, Leandro Alves Santos, da Delegacia de Homicídios Leste, informou que Ana sofreu uma convulsão durante o ato sexual, pois o homem comprimiu o tórax dela, com risco de matá-la. "Ele teve a intenção do estupro e, no decorrer do estupro fez o sufocamento. Ele não se preocupou com o que poderia acontecer com a vítima. Ele não se propôs a socorrer a vítima", afirmou o oficial.

No dia do crime, o suspeito inventou uma história em que ajudou a menina, que estava passando mal e precisava beber água, levando-a para sua casa. Depois, Ana Luiza teria cheirado drogas, teria ficado pior e ele a levou para fora de casa para pedir socorro. Davi ainda alegou que teria chamado o Serviço de Atendimento Móvel (Samu).

A história se provou ser completamente diferente, de acordo com a Polícia Civil. Os resultados dos exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) apontaram que houve estupro, e o sêmen encontrado no corpo da vítima é o de Davi. Provou-se, também, que a garota teve uma convulsão por ter tido o tórax comprimido — o que deve te acontecido durante o estupro, conforme hipótese policial.

No imóvel em que o suspeito levou Ana Luiza, os oficiais encontraram substâncias que poderiam ser cocaína, preservativos novos e um usado. Os exames provaram que Ana Luiza não usou substâncias entorpecentes antes de morrer.

A menina estava morta três horas antes de ser colocada na rua pelo homem, descobriu a investigação. "Ele colocou o corpo em frente ao muro da casa vizinha a dele, que na verdade é de sua avô", esclareceu o delegado.

Em 2021, Davi já tinha sido indiciado por estupro. Na época, a vítima disse em depoimento que a relação sexual havia sido consentida. O homem, porém, negou que houve conjunção carnal entre os dois. O inquérito só não continuou por conta do depoimento da vítima. Além disso, o suspeito possui passagens pela polícia por roubo e por tráfico de drogas.

O homem está preso preventivamente desde o dia 17 de janeiro no Presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

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