Os pilotos de um voo que partiu de Natal, no Rio Grande do Norte, com destino a BH precisaram fazer um desvio de rota sob declaração de emergência, cerca de 25 minutos após a decolagem, nesta segunda-feira (22/1).
Em comunicação com o controle de tráfego aéreo, um dos pilotos usou a expressão “mayday”. De acordo com o site Aeroin, especializado em aviação, o voo AD-4001 da Azul Linhas Aéreas decolou do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, de Natal, em São Gonçalo do Amarante (RN), as 2h35 da madrugada e voaria até o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Belo Horizonte, em Confins.
Segundo dados de plataformas de rastreamento online de voos, a aeronave estava a pouco mais de 36 mil pés (11 km) de altitude quando os pilotos começaram a descida de emergência e informaram ao controlador: “Mayday, Mayday, Mayday, Azul quatro zero zero uno, descida rápida para o nível uno zero zero.”
Ainda segundo o site, embora não exista confirmação oficial do problema envolvido, a descida imediata para o nível de voo 100 (“uno zero zero”), indicaria algo relacionado à pressurização da aeronave, “pois, nesta altitude, há condições minimamente adequadas de pressão para respirarmos sem auxílio de máscara de oxigênio".
Os especialistas explicam ainda que a expressão “mayday”, conforme definição da Agência Nacional de Aviação Civil (ANA), é uma palavra código internacional de perigo. Quando anunciada três vezes repetidas e seguidas, indica perigo grave e iminente e a necessidade de assistência imediata para a aeronave.
O site informa ainda que, 45 minutos depois de autorizada a descida, o avião pousou em segurança às 3h46, de volta ao Aeroporto Internacional de Natal.
A reportagem entrou em contato com a Azul Linhas Aéreas para saber o motivo da declaração de emergência. Em nota, a empresa informou que, “por questões técnicas identificadas após a decolagem, o voo AD4001 (Natal-Confins) precisou voltar ao aeroporto de origem.”
Ainda segundo a Azul, o pouso aconteceu em segurança, e os passageiros desembarcaram normalmente. “A companhia ressalta que os clientes estão recebendo toda assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e serão reacomodados em outros voos. A Azul lamenta eventuais transtornos causados e reforça que ações como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações.”