RIO DE JANEIRO

Antes de ser morto no RJ, galerista enviou mensagem criticando ex-marido

Brent Sikkema foi morto na madrugada do dia 14 de janeiro, em casa, com 18 facadas, sendo que a maioria delas foram desferidas no rosto e no tórax

Antes de ser assassinado no Rio de Janeiro, o galerista norte-americano Brent Sikkema criticou o ex-marido Daniel Carrera por impedi-lo de conviver com o filho. Em mensagem enviada a um amigo, Brent afirmava que o ex-marido estava desrespeitando uma decisão judicial, pois Daniel fazia de tudo para que o galerista não tivesse contato com o adolescente de treze anos. As mensagens foram obtidas pelo Fantástico, da TV Globo.

O galerista foi morto na madrugada do dia 14 de janeiro, em casa, com 18 facadas, sendo que a maioria delas foram desferidas no rosto e no tórax. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Um homem, identificado como Alejandro Triana Tevez, está preso sob suspeita de participação no assassinato de Sikkema desde quinta-feira (18/1). Ele estava em um posto de gasolina entre as cidades de Uberaba e Uberlândia, em Minas Gerais.

A polícia investiga acerca da possível relação do ex-marido de Brent com o preso Alejandro. Ambos são cubanos e se conheciam. "Agora é concentrar no esforço de ouvir Daniel, trazê-lo para cá primeiro, para que ele chegue aqui, seja ouvido. É uma diligência importante, resta saber como executar", disse o delegado Alexandre Herdy, em coletiva de imprensa na quinta-feira (18/1).

"Foi premeditado. O que restam são dúvidas sobre a finalidade, se foi roubar ou se teve outro motivo. Percebemos que o autor foi muito cuidadoso, manteve até o ar condicionado do quarto da casa ligado para chamar menos atenção", acrescentou o delegado do caso.

Alejandro foi preso temporariamente por latrocínio, que indica roubo seguido de morte. A polícia, porém, não descarta a possibilidade de existir um mandante para o assassinato.  O criminoso não arrombou a porta de Brent para entrar na casa. Ele usou uma chave mista e, além disso, deixou o ar-condicionado ligado, provavelmente para evitar que os vizinhos percebessem os efeitos da morte.

O preso levou US$ 30 mil e um cordão de ouro, de acordo com informações fornecidas por uma amiga da vítima. O galerista havia recentemente comprado um apartamento no Leblon e mantinha dinheiro vivo em casa para mobiliar o local.

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