Violência

Thiago Brennand é condenado por estupro pela terceira vez

Herdeiro está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros. Decisão é da juíza Raísa Alcântara, da 2ª Vara de Porto Feliz. Ele ainda terá de pagar R$ 50 mil à vítima

O empresário Thiago Brennand foi condenado, pela terceira vez, a oito anos de prisão pelo estupro de uma mulher. A decisão é da juíza Raísa Alcântara Cruvinel Schneider, da 2ª Vara de Porto Feliz (SP), e a pena deve ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. Ele está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, também em São Paulo.

Brennand também foi condenado a pagar uma indenização mínima de R$ 50 mil para a vítima. Da decisão da juíza ainda cabe recurso.

A nova condenação de Brennand é a segunda por estupro e a terceira em apenas quatro meses. Em outubro do ano passado, o empresário foi considerado culpado pela violência sexual contra uma norte-americana, episódio ocorrido em julho de 2021. Por esse crime, ele foi condenado a 10 anos e seis meses de cadeia.

No processo — cuja decisão é do juiz Israel Saul, também do Fórum de Porto Feliz —, Brennand ainda foi condenado a pagar indenização de R$ 50 mil reais à vítima por danos morais. Segundo depoimento da mulher, ela conheceu o empresário quando se interessou em comprar um cavalo do qual era proprietário. No decorrer dos dias que se seguiram à negociação, Brennand a atacou sexualmente.

No mesmo mês, em outubro de 2023, ele foi condenado a um ano e oito meses, em regime semiaberto, por agredir a empresária e atriz Alliny Helena Gomes em uma academia de ginástica, em São Paulo. O flagrante veio à tona em uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo, à qual se seguiram várias denúncias de abusos cometidos por Brennand.

Tatuagem

O empresário também é acusado de ter estuprado e mantido em cárcere privado outra mulher, uma produtora pernambucana identificada apenas por K., em cujo corpo tatuou as iniciais do nome. Ele também foi acusado por uma ex-miss de tê-la agredido sexualmente.

Depois que os casos foram divulgados, o empresário fugiu para os Emirados Árabes, onde chegou a ser preso em função de um mandado expedido pela Interpol. Mas pagou fiança e foi solto, embora sob determinação de não poder sair do país e avisar às autoridades sobre a movimentação que faria. Brennand foi extraditado em abril do ano passado, dias depois de fazer uma live afirmando que nada lhe aconteceria.

A suspeita era de que ele fugiria para Rússia. Brennand foi trazido para o Brasil por um grupo de agentes da Polícia Federal faixas-pretas em jiu-jitsu — do qual ele dizia ser mestre. Somadas, as três penas do empresário alcançam 20 anos e dois meses. (Com Agência Estado)

 

 

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