Após fortes chuvas atingirem o Rio de Janeiro no fim de semana e causarem 11 mortes, o vice-governador do estado, Thiago Pampolha, reconheceu que o governo estadual tem "cota de responsabilidade" nos alagamentos que causaram, também, perdas de patrimônio da população. O líder, no entanto, disse que é necessário um esforço coletivo entre prefeituras e o governo federal, a fim de preparar melhor as cidades para enfrentarem os temporais. "É preciso investir mais, se planejar melhor e ter integração", pontuou o vice-governador, em entrevista à CNN na manhã desta segunda-feira (15/1).
Thiago também afirmou que embora os sistemas de monitoramento apontassem os riscos de temporais, a chuva foi "muito impactante" e acima do esperado. Algumas regiões do Rio de Janeiro registraram um acumulado de mais de 200 milímetros de chuvas, superando em um dia a previsão para todo mês de janeiro. Segundo o vice-governador, o governo estadual está trabalhando junto às prefeituras em ações coordenadas para minimizar os danos e garantir a segurança e o suporte necessário à população.
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As chuvas atingiram com mais intensidade a zona norte do Rio e municípios próximos da região metropolitana — onde se concentram as mortes, causadas por deslizamento de terra, afogamentos e descarga elétrica. Além dos 11 mortos, duas pessoas desapareceram após os temporais.
Em trechos da Avenida Brasil, que liga o centro à zona oeste da cidade, a água acumulada chegou a superar o capô dos automóveis e bloqueou a via durante a noite. Além disso, diversas linhas de ônibus deixaram de circular, e pelo menos quatro estações do metrô tiveram de fechar temporariamente no domingo (14/1), por causa do acúmulo de água nos trilhos.
De acordo com o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, onze municípios cariocas estão em alto risco de alagamentos e enxurradas: Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Maricá, Niterói, Japeri, Seropédica e Rio de Janeiro.
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