Depois das cobranças, pela internet, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, anunciou, nesta quarta-feira (10/1), também pelas redes, que a Polícia Federal vai participar das investigações de enfrentamento aos milicianos que atuam na capital fluminense. A queixa do prefeito é que o crime organizado na cidade está cobrando de empreiteiras "taxas" para que as empresas possam realizar as obras públicas contratadas.
"Caro prefeito Eduardo Paes, a equipe da PF no Rio já entrou em contato com a sua equipe colhendo informações. É inaceitável que criminosos dominem territórios e cobrem taxas de empresas e na casa de moradores. Simplesmente inaceitável. Vamos agir", garantiu Cappelli, no seu perfil na rede social X, também conhecida como Twitter.
O problema é que o assunto não é da competência nem da prefeitura da cidade, nem do governo federal, como a atuação de milícias não configura crime federal, o tema deve ser tratado pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, comandado pelo governador Cláudio Castro (PL), partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com o pedido de ajuda de Paes nas redes sociais, o aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colocou mais uma vez o governo em uma saia justa. Todo o processo de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estabelecido no Rio de Janeiro, ficou limitado às áreas federais exatamente para não invadir a competência do governo do Estado do Rio de Janeiro.
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