São Paulo

Parto de Suzane von Richthofen envolveu "operação de guerra"; entenda

O nascimento do filho de Richthofen, que cumpre pena em regime aberto pela morte dos pais, contou com esquemas para manter cirurgia em sigilo

Havia interesse da família e do hospital em manter a internação de Suzane em sigilo.  -  (crédito: Reprodução/Record Tv)
Havia interesse da família e do hospital em manter a internação de Suzane em sigilo. - (crédito: Reprodução/Record Tv)

Aos 40 anos, Suzane von Richthofen deu à luz a um menino na sexta-feira (26/1), em Atibaia, a 70 quilômetros de São Paulo. O nascimento do primogênito de Richthofen OCORREU no Hospital Albert Sabin, onde o pai da criaça e marido de Suzane é chefe do pronto-atendimento. O local abrigou uma "operação de guerra", com esquemas de sigilo anti-vazamento, para a realização da cesárea, conforme o blog True Crime, do jornal O Globo.

O casal e o hospital planejavam manter o nascimento da criança em sigilo, uma vez que Suzane costuma ser reconhecida e assediada na cidade em que mora, Bragança Paulista. Por este motivo, Felipe (marido de Richthofen) transferiu o parto para a unidade em que trabalha, a fim de contar com apoio da direção para manter a operação em segredo.

De acordo com informações do True Crime, houve uma reunião com os funcionários do Albert Sabin para detalhar um esquema rígido de segurança que foi seguido na sexta-feira: Suzane chegou de madrugada, usando um casaco com capuz e entrou pelos fundos, passando por um dos laboratórios do hospital. Depois, foi rapidamente conduzida para o quarto 117.

As orientações que foram repassadas à equipe médica vetavam falar com Suzane sobre qualquer tema que não fosse o parto. Os profissionais teriam sido inclusive ameaçados de demissão caso descumprissem a proibição. Eles ainda foram proibidos de falar para pessoas de fora do hospital que Richthofen estava internada no local.

Foi informado aos operadores de telefonia do hospital que todas as ligações realizadas no período em que a mulher estivesse na unidade seriam monitoradas, para identificar possíveis vazamentos. Ao True Crime, uma funcionária do hospital (que preferiu não se identificar) disse que a equipe de profissionais ficou apreensiva, com medo de punições. "Foi um bochicho generalizado. Quando a informação do parto vazou, ficamos com medo de ser alvo de investigação ou sindicância, porque muita gente viu Suzane no hospital".

O plano era que Richthofen recebesse alta no domingo ou segunda-feira, mas ela quis deixar o hospital na noite de sábado, às 21h30, sem receber visitas enquanto esteve internada além da presença do marido. Suzane deixou o Albert Sabin pelos fundos, acompanhada de dois seguranças e da enfermeira de plantão. O monitoramento pós-cesárea será feito pelo marido de Suzane em casa.

A mulher teve de pedir permissão à Justiça para ser internada, uma vez que ela compre pena em regime aberto em Bragança Paulista. Pelas regras da Lei de Execução Penal, Richthofen não pode sair da cidade-domicílio declarada por ela. Além disso, Suzane só poderá sair com seu bebê na rua entre 6h e 20h, de acordo com seu regime de pena. Se violar as normas, poderá voltar para a cadeia.

A pena de Suzane só acaba, a rigor, em 2041, quando seu filho tiver 17 anos. O menino, que se chama Felipe, em homenagem ao pai, nasceu no mesmo dia do aniversário de Daniel Cravinhos — ex-namorado de Richthofen que cumpre pena de 39 anos por ter matado o pai dela, Manfred Von Richthofen, em 2002.

O bebê não receberá o sobrenome da mãe, já que a família paterna não quer que ele fique marcado pelo crime cometido por Suzane. 

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postado em 29/01/2024 22:56
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