O helicóptero prefixo PR-HDB, cujos destroços foram encontrados na manhã desta sexta-feira (12/1), caiu poucos minutos após realizar pouso de emergência na mata em Paraibuna, no Vale do Paraíba. A aeronave era procurada há 12 dias. Não houve sobreviventes.
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Segundo o delegado Paulo Sérgio Rios Campos Melo, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil de São Paulo, a distância entre a área de pouso e o ponto em que o helicóptero foi encontrado é de cerca de 10 quilômetros. Até o momento, não se sabe com exatidão quanto tempo se passou entre o pouso e a queda.
Com base nos dados obtidos por meio da localização dos celulares dos quatro ocupantes do helicóptero, a polícia concluiu que o piloto, Cassiano Tete Teodoro, estava tentando retornar a São Paulo, de onde havia decolado um pouco antes. "Ele saiu (do local onde a aeronave havia pousado), voou um pouco, ficou tentando escapar das nuvens para retornar a São Paulo e não conseguiu, infelizmente”, acrescentou Campos Melo.
Ainda não é possível saber o que provocou a queda, mas o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, chefe do Comando de Aviação da Polícia Militar de São Paulo, acredita que as condições climáticas adversas contribuíram para o acidente. "Ele (o piloto) pode entrar no mau tempo, perder visibilidade e a consciência situacional e desorientar. É comum para quem entra inadvertidamente na área de nuvem", disse.
Desaparecimento
O helicóptero desapareceu na tarde de 31 de dezembro depois de entrar em um trecho de forte neblina no trajeto entre São Paulo e Ilhabela, no norte do estado. Quatro pessoas estavam a bordo. Mensagens enviadas pelo piloto e por uma das passageiras reportaram ausência de visibilidade para sobrevoar a serra do Mar, bem como a necessidade de realizar um pouso de emergência às margens de uma represa em Paraibuna.
Na aeronave estavam Luciana Rodzewics, de 46 anos, e a filha, Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, ambas moradoras da zona norte de São Paulo. Além delas, estavam na aeronave o piloto (identificado como Cassiano Teodoro) e um amigo da família (Rafael Torres).
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