Paracatu — Neste início de ano, o sentimento na pequena Paracatu, na região Noroeste de Minas Gerais, é de luto. Além do sofrimento com a perda de quatro jovens que foram encontrados mortos em um automóvel de luxo, em Balneário Camboriú (SC), no último domingo, a cidade ainda tem de lidar com a perda de duas crianças e a mãe delas, que foram mortas arrastadas pela força das chuvas na véspera do Natal.
O velório dos quatro jovens, que teria início na manhã desta quarta-feira (3/1), no ginásio do Jóquei Clube de Paracatu, acabou adiado. A previsão é que os ritos se iniciem no fim do dia, ou na manhã desta quinta-feira (4). O atraso se deu em função de uma demora no translado dos corpos que estão sendo levados do estado catarinense por via rodoviária.
A dor estava estampada no rosto dos presentes que aguardavam, mesmo debaixo de chuva, hoje cedo, na fila do ginásio onde acontecerá o velório. Sem saber do atraso, aguardavam pela abertura dos portões do espaço. Após a confirmação da nova agenda, porém, muitos amigos das vítimas decidiram permanecer no local e aguardar, lá mesmo, a chegada dos corpos.
Amiga de Nicolas Kovaleski — a mais jovem das quatro vítimas, de apenas 16 anos — Pamela Souza, estudante de 15 anos, conta que conheceu o adolescente jogando vôlei no time da cidade. Ela lembra que Nicolas era um rapaz muito alegre e que estava muito feliz com a mudança para o estado catarinense, local onde esperava realizar o sonho de crescer empreendendo no ramo do marketing digital.
“Eu era amiga dele, a gente convivia muito com ele, a gente jogava vôlei quase todos os dias. Em 2023 eu estudei na mesma escola que ele. Foi para Florianópolis para seguir no ramo do marketing digital, para crescer lá. Ele estava muito feliz pela expressão dele, andando com o amigo dele na BMW”, contou a estudante ao Correio.
Tragédia no Natal
Paracatu sofreu uma outra tragédia recentemente, na véspera do Natal. Um casal e as duas filhas trafegavam em uma rua da cidade durante uma forte chuva, quando foram surpreendidos por uma enxurrada que levou o veículo para o córrego.
O único sobrevivente foi o pai da família, que conseguiu sair do veículo, mas não alcançou as filhas, de 2 e 11 anos, e a esposa, todas levadas pela correnteza.
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