LGBTFOBIA

Homem que agrediu mulher que achava ser trans é preso em Recife

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alepe confirmou a prisão preventiva por crime equiparado ao de racismo

O homem acusado de ter agredido uma mulher na porta de um banheiro por pensar que ela era uma pessoa transexual foi preso na noite desta quinta-feira (28/12) em Recife (PE). O agressor, identificado como Antônio Fellipe Rodrigues Salmento de Sá, teve a prisão preventiva decretada após prestar depoimento.

Pelas redes sociais, a presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), deputada estadual Dani Portela (Psol-PE) confirmou a prisão. Segundo a parlamentar, a prisão foi enquadrada como ato de LGBTfobia, equiparada a crimes de injúria racial enquadrados na Lei do Racismo (Lei 7.716/1989).

O Correio tentou contato com a Polícia Civil para buscar mais informações sobre a prisão, mas não teve resposta até a publicação deste texto. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.

O caso ocorreu no último sábado (23/12) no restaurante Guaiamum Gigante, zona norte de Recife. Na ocasião, o homem abordou a mulher, que preferiu não se identificar, e perguntou se ela era “homem ou mulher”. A vítima questionou a pergunta e, em seguida, o agressor teria dado um soco no rosto dela.

Em entrevista à TV Globo, a vítima classificou a agressão como um ato de transfobia. "A certeza é que foi transfobia, apesar de eu ser uma mulher cis. Na cabeça dele, eu não era. Na cabeça dele, eu era a pessoa trans, aquela mulher trans que merece apanhar, que merece morrer, que merece ser agredida num espaço público onde está confraternizando", relatou.

Em nota assinada pelos advogados Madson Aquino e Marília Franco, a defesa de Salmento de Sá afirmou que ele não tem qualquer histórico de agressão anterior. “O Sr. Antônio Felipe não responde a nenhum processo envolvendo violência sob o contexto doméstico e familiar, bem como não detém qualquer histórico de agressões ou discriminação com qualquer pessoa LGBTQIAPN+”.

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