CRIME ORGANIZADO

Procurados pela Interpol são presos pela Polícia Federal, no Brasil

Dois homens procurados por tráfico internacional de drogas foram presos em São Paulo e no Paraná

A Polícia Federal prendeu dois homens procurados por tráfico internacional de drogas. A primeira prisão ocorreu na terça-feira (26), na cidade de Praia Grande, no litoral paulista. O homem, que estava escondido em território brasileiro, tem nacionalidade portuguesa. Ontem, a PF prendeu um uruguaio, localizado em um condomínio fechado em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Os detidos, cujas identidades não foram divulgadas, estavam na lista da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) — ferramenta de cooperação utilizada por mais 190 nações com o objetivo de localizar e prender provisoriamente criminosos foragidos que "aguardam extradição, entrega ou ação legal semelhante", conforme definição da PF brasileira.

O português foi condenado por tráfico de drogas em seu país de origem. De acordo com a polícia, ele estaria envolvido em um esquema de envio de cocaína do Brasil para a Europa. "O Pedido de Prisão Preventiva para fins de Extradição foi formulado pelo Escritório Central Nacional da Interpol em Brasília/DF, com base nas informações da Difusão Vermelha incluídas pelas autoridades de Portugal", detalha a Polícia Federal.

O mandado de prisão foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e o português foi encaminhado à sede da PF em São Paulo, onde permanecerá até a extradição definitiva para Portugal.

Já o segundo detido é considerado como "um dos maiores narcotraficantes do Uruguai", segundo a PF, e foragido da Justiça paraguaia, onde sua prisão preventiva por tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro foi decretada em março de 2022.

Ele vinha se escondendo em países da América do Sul e estava no Brasil para acompanhar o nascimento do filho, cuja mãe seria uma cidadã boliviana, conforme investigações da Polícia Federal.

Em família

O homem é apontado como possível irmão do maior procurado pela Justiça do Uruguai por tráfico internacional de drogas Conforme as informações da PF, seu papel era promover a intermediação das constantes viagens do irmão da Bolívia para o Paraguai. Ele também era responsável por transações ilícitas entre organizações criminosas fornecedoras de drogas.

Os irmãos fariam parte grupo criminoso Primer Cartel Uruguayo, de forte poder financeiro, a ponto de cooptar agentes que atuavam na Interpol paraguaia — três deles foram presos no fim de novembro, segundo o Ministério Público do Paraguai, em informação cedida pela autoridade policial brasileira.

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