Apontado como o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi transferido para um presídio de segurança máxima, na noite de domingo (24/11). Ele está isolado em uma cela individual, de cerca de 6 metros quadrados, na Penitenciária Laércio da Costa Pelegrino, conhecida como Bangu 1.
Em um primeiro momento, Zinho não terá acesso ao banho de sol e receberá as refeições dentro da própria cela. Ele está em uma galeria de Bangu 1 reservada para milicianos.
Zinho era procurado pela polícia desde 2018. De acordo com a PF, o homem é considerado o líder de milícia que domina a Zona Oeste da cidade. Ele tem ao menos doze mandados de prisão. Zinho se entregou após cerca de uma semana de negociação dos advogados dele com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do RJ.
Prisão comemorada pelo governo estadual e federal
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, começou a prisão de Zinho. Pelo Twitter, ele classificou a ação como "um importante resultado do trabalho série e planejado que está sendo executado no Rio de Janeiro e em outros estados, no combate às facções criminosas".
“O preso - que estava foragido desde 2018 - é considerado o líder da milícia que atua na Zona Oeste da cidade. O preso se apresentou aos policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) e do Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas da Polícia Federal (GISE/PF)”, escreveu Dino.
Secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli destacou que foi uma prisão importante realizada "sem nenhum tiro". "As ações recentes da PF no Rio de Janeiro demonstram que estamos no caminho certo. Trabalho de inteligência e integração com a PRF, a Força Nacional e as Forças Armadas fechando o cerco sobre organizações criminosas. Outros resultados virão", escreveu.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), destacou que o "inimigo número 1 do RJ" foi preso. "Enquanto as famílias celebram o Natal, o trabalho das forças de segurança não para. Prendemos o inimigo número 1 do RJ, o miliciano Luis Antonio da Silva (Zinho), em uma operação conjunta da Secretaria de Estado de Segurança e da Superintendência da Polícia Federal do estado", escreveu.