A Justiça Federal do Rio de Janeiro transformou em réus os três policiais rodoviários federais envolvidos na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). Em setembro, a criança foi atingida por um tiro na cabeça e outro na coluna que, segundo relatos dos familiares, partiram dos agentes da corporação.
Na denúncia feita pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF e enviada à Justiça, os policiais Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viégas Pinheiro e Wesley Santos da Silva são acusados pela prática de homicídio consumado e quatro tentativas de homicídio, além de fraude processual. A Justiça também manteve as medidas cautelares já impostas aos réus, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de se aproximarem das vítimas.
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Segundo o MPF, a morte da menina Heloísa "foi causada pelas lesões provocadas em seu corpo pelos projéteis de arma de fogo de longo alcance disparados pelos policiais". O órgão também apontou que há muitas provas da fraude processual.
“Os acusados, em comunhão de desígnios e sabedores, enquanto policiais federais treinados de que devem ficar atentos à cadeia de custódia das provas e elementos havidos na ainda que provável cena de crime, removeram do local do crime sem o mínimo cuidado o veículo Peugeot 207 , objeto dos disparos efetuados”, diz o MPF.
Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, foi atingida por um tiro na cabeça e outro na coluna. A família dela tinha passado o feriado no Rio de Janeiro e retornava para Petrópolis, onde mora. Dentro do carro estavam a mãe de Heloísa, uma irmã de 8 anos e uma tia. Ela morreu no dia 16 de setembro, após 9 dias internada.