SAÚDE

Covid: ministério da Saúde orienta vacina bivalente para grupos prioritários

Medida visa proteger os brasileiros com maior risco de contrair a doença após a identificação de duas sublinhagens de uma variante do coronavírus em circulação no Brasil

O Ministério da Saúde emitiu uma recomendação nesta quarta-feira (6/12) para a aplicação de uma dose da vacina bivalente contra a covid-19 em grupos prioritários. A medida visa proteger os brasileiros com maior risco de contrair a doença após a identificação de duas sublinhagens de uma variante do coronavírus em circulação no Brasil.

A recomendação abrange pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos de idade. Imunocomprometidos referem-se a pessoas com baixa imunidade, como pacientes com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imunológico enfraquecido.

As sublinhagens, denominadas JN.1 e JG.3, foram detectadas no Ceará e estão sendo monitoradas, sendo que a JN.1 representa cerca de 3% dos diagnósticos globais. O reforço da vacina bivalente é indicado para aqueles que receberam a última dose há mais de seis meses.

Apesar da significativa cobertura da vacinação no Brasil, com mais de 518 milhões de doses aplicadas contra a covid-19, apenas 17% da população recebeu a vacina bivalente. O ministério da Saúde planeja a inclusão da vacinação anual contra a covid-19 no Calendário Nacional a partir de 2024, priorizando crianças e grupos prioritários.

O ministério está atento à evolução das sublinhagens JN1. E JG.3 — que já foram identificadas em 47 países, segundo a OMS. O reforço vacinal, mesmo considerado de baixo risco, é enfatizado para garantir uma resposta mais rápida do organismo.

Para 2024, a vacinação contra a covid-19 será anual, incluindo crianças de 6 meses a 5 anos. O esquema vacinal contará com 3 doses, e grupos prioritários receberão uma dose de reforço no ano que vem. O ministério assegura ter estoque suficiente para o início de 2024 e destaca a importância da imunização na proteção contra a covid-19.

Na visão da infectologista Mariana Ramos, a vacinação ainda se mostra como uma necessidade, mesmo sem uma alta onda de casos ocorrendo no país no momento. “A vacinação evita formas graves de doença. O ideal é sempre tomar a vacina antes de ter contato com o vírus.”

Ela analisa a vacinação como a principal forma de prevenção contra a covid-19. “Vacinar é a forma mais simples e prática de prevenção. Estar com todas as doses de vacina em dia, traz proteção individual e reduz a chance de transmissão do vírus para familiares e amigos”, finaliza.

*Estagiárias sob supervisão de Ronayre Nunes

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