Um grupo de moradores do bairro de Copacabana, na zona sul do Rio, está se organizando, via redes sociais, para formar uma espécie de organização 'justiceira' para atacar pessoas suspeitas de cometerem crimes na região. A polícia do Rio de Janeiro investiga essa movimentação, uma vez que, se comprovadas as suspeitas, podem caracterizar prática criminosa.
Os 'justiceiros' compartilharam nas redes sociais imagens de pessoas, incluindo adolescentes, apontadas como autoras de ocorrências na área acompanhadas de identificação por CPF e mensagens que sugerem espancamento e tortura.
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) informou que "tomou conhecimento da situação" envolvendo a mobilização de grupos de justiceiros. "Diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos." A atuação desses grupos ocorre em um momento no qual o bairro se assusta com a reincidência de casos violentos, como assaltos.
Revolta dos moradores
Na noite de sábado (2/12), um empresário foi agredido com socos e chutes na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais do bairro, após tentar ajudar uma mulher que estava sendo assaltada. Imagens de câmeras de monitoramento mostram mais de dez suspeitos envolvidos na ação. O empresário chegou a desmaiar com os golpes e precisou ser levado a uma UPA da região.
A ação dos criminosos provocou uma onda de revolta e levou algumas pessoas a sugerir mais violência para combater os furtos e assaltos. Um perfil no Instagram está postando imagens de suspeitos, inclusive com seus números de CPF. Algumas das fotos são de menores de idade que, segundo a página, já cumpriram medidas socioeducativas pela prática de delitos.
Vídeos de pessoas que estariam atrás de acusados de cometer crimes na zona sul também circulam pelas redes sociais. "Olha, metendo o pau no menor lá. Já engravataram, pegaram o moleque aqui e meteram o pau. Estão indo atrás dos outros", diz um homem que narra o vídeo de uma perseguição no bairro de Botafogo, vizinho à Copacabana.
*Com informações da Agência Estado
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