TRÁFICO

PF busca suspeitos de comercializar armas a facções brasileiras

Operação 'Dakovo' constou que 43 mil armas foram importadas da Europa para, em parte, serem vendidas a facções criminosas brasileiras. As armas eram raspadas no Paraguai

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (5/12), uma ação de combate ao tráfico de armas de fogo importadas de países do Leste Europeu por uma empresa do Paraguai.

Nomeada de operação Dakovo, a investigação constatou que, em solo paraguaio, os fuzis, munições e pistolas eram raspados e vendidos a grupos de intermediários que atuavam na fronteira do Brasil com o Paraguai, para ser comercializadas às principais facções criminosas do Brasil. Ao todo, a PF constatou que 43 mil armas de fogo foram importadas ao Paraguai com o objetivo de serem vendidas a grupos criminosos brasileiros.

Esse movimento, em três anos, foi de cerca de R$ 1,2 bilhão de reais. As armas importadas vinham de diversos fabricantes sediados em países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. 

Neste período, de acordo com a PF, foram realizadas 67 apreensões que totalizam 659 armas apreendidas no território brasileiro, apreensões estas realizadas em 10 unidades da Federação: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Ceará.

No Paraguai, de acordo com informações da CNN, a operação Dakovo prendeu Arturo Javier Gonzales, ex-comandante da Força Aérea paraguaia. Cinco envolvidos no crime foram presos no Brasil e 11, no Paraguai. O processo está em curso na 2º Vara Federal de Salvador (BA), a qual expediu 25 mandados de prisões preventivas, seis ordens de prisão temporária e 54 mandados de busca e apreensão tanto no Brasil como no Paraguai e nos Estados Unidos.

A operação começou com a PF da Bahia e teve as participações do Ministério Público Federal e uma cooperação  internacional com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) com o Ministério Público do Paraguai.

A ação contou ainda com a FICTA (Força-Tarefa Internacional de Combate ao Tráfico de Armas e Munições), que é composta pela HSI (Homeland Security Investigations), SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) sob Supervisão do Serviço de Repressão ao Tráfico de Armas da PF.

No Brasil, conforme a Polícia Federal, os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Sorocaba (SP), Praia Grande (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ponta Grossa (PR), Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).

Divulgação/PF -
Divulgação/PF -
Divulgação/Polícia Federal -

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