Alagoas

Maceió: só um dos equipamentos que medem afundamento do solo emite alerta

Segundo o prefeito, João Henrique Caldas (PL), porém, o risco de colapso não diminuiu

O prefeito de Maceió (AL), João Henrique Caldas (PL), o JHC, afirmou, na tarde deste domingo (3/12), que somente um dos 12 equipamentos que medem o afundamento do solo na região da mina 18, da empresa Braskem, mantém sinal de alerta. Desde quinta-feira (29), seis deles estavam ativos.

A Defesa Civil informou, mais cedo, que houve uma queda na velocidade de afundamento do solo no bairro Mutange, onde se encontra parte da mina. O Ministério de Minas e Energia (MME), por sua vez, informou que o deslocamento está estabilizado e que, se houver desmoronamento, ele deverá ocorrer “de forma localizada e não generalizada”.

JHC, no entanto, ponderou que o risco de colapso não diminuiu. “A tendência permanece de diminuição na velocidade de afundamento na área. Os nossos equipamentos que medem o afundamento naquela região são 12 e apenas um está em sinal de alerta. Não podemos de forma alguma afirmar que aquilo é uma garantia de estabilização, mas é um caminho para a estabilização”.

Nas últimas 24 horas, o solo cedeu mais 10,8cm, a uma velocidade de 0,7cm por hora. Até agora, o solo cedeu 1,69m. O Ministério Público do Trabalho de Alagoas (MPT-AL) determinou que a Braskem apresente, em até cinco dias (ou seja, até 6/12), os planos de gerenciamento de risco, monitoramento, emergência e evacuação na área ameaçada por colapso da mina 18.

A empresa deverá inserir nos autos do inquérito civil “a relação de todas as empresas prestadoras de serviço terceirizado, com os respectivos responsáveis pelo cumprimento da Norma Regulamentadora nº 22 do MTE, que trata da segurança dos trabalhadores em atividades de mineração”.

“Para a próxima audiência, a mineradora também deverá trazer profissionais da área de operação das atividades de preenchimento das minas para eventuais esclarecimentos técnicos”, disse o MPT-AL em nota.

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