A Defesa Civil de Maceió, em nota publicada nesta sexta-feira (1º/12), afirmou que o solo ao redor da mina 18 da Braskem, que está em risco de colapso eminente, está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora. A região está em monitoramento desde quarta-feira (29/11), quando a prefeitura municipal decretou estado de emergência por 180 dias na cidade alagoana.
Ainda de acordo com a nota, o deslocamento vertical acumulado na área afetada é de 1,42m. "A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo, análises sísmicas", ressaltou a Defesa Civil.
O órgão mantém a recomendação de que a população evite transitar na área até uma nova atualização, enquanto toma medidas de controle e monitoramento para reduzir o perigo.
Nesta sexta-feira (1º/12), o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL) comentou sobre o caso. Em entrevista à CNN Brasil, JHC classificou o ocorrido como "a maior tragédia urbana no mundo em curso".
Áreas controladas pela Braskem
A região das minas de extração de sal-gema da empresa Braskem foram apontadas como causadoras das rachaduras e afundamentos dos solos próximos às instalações, causando tensão e prejuízos a moradores, que chegaram a abandonar mais de 14 mil imóveis em cinco bairros inteiros desde 2019, quando as rachaduras começaram a ruir residências no local. As minas consistem em espécies de cavernas abertas para a extração de sal-gema.
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Na área do Mutange, estava a mina 18 da Braskem. O local foi desocupado e a Defesa recomenda que pessoas e embarcações evitem transitar nas proximidades. Seis escolas da rede pública de Maceió foram equipadas para abrigar pessoas que tiveram de sair de suas residências e três instituições de ensino estão de sobreaviso. Os locais também vão abrigar animais de estimação.
Nesta quinta (30), a Defesa atualizou o mapa de risco do afundamento dos bairros. O documento foi base para a Justiça Federal determinar a inclusão da área do Bom Parto no programa de realocação da Braskem.
Devido ao risco, a Prefeitura de Maceió criou um Gabinete de Crise para acompanhar a situação e publicar boletins atualizados. A equipe está em comunicação direta com a força-tarefa dos bairros afundados, que tem representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPAL), Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE), além dos comandos da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Equatorial Energia Alagoas e Algás.
Em nota, a Braskem afirma que está monitorando a situação da mina 18 e que trabalha, desde a noite de quarta-feira (29/11), no apoio à realocação emergencial. Segundo a petroquímica, 99,3% dos imóveis estão desocupados.
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