A situação do solo de Maceió, no Alagoas, está cada vez mais crítica. Nesta quinta-feira (30/11), a Defesa Civil emitiu um alerta para o risco iminente de colapso de uma das minas na região do antigo campo de futebol do Centro Sportivo Alagoano (CSA), localizado no bairro do Mutange. Segundo o órgão, a mina pode colapsar a qualquer momento.
Segundo a nota, estudos mostram um aumento significativo na movimentação do solo na mina 18, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de um skinhole (crateras caracterizadas pelo vazio da superfície, que podem ocorrer no solo quando não se conhece a fundo a composição e especificidades ao construir).
A Defesa Civil recomenda que a população evite transitar na área até uma nova atualização, enquanto toma medidas de controle e monitoramento para reduzir o perigo.
Áreas controladas pela Braskem
A região das minas de extração de sal-gema da empresa Braskem foram apontadas como causadoras das rachaduras e afundamentos dos solos próximos às instalações, causando tensão e prejuízos a moradores, que chegaram a abandonar mais de 14 mil imóveis em cinco bairros inteiros desde 2019, quando as rachaduras começaram a ruir residências no local. As minas consistem em espécies de cavernas abertas para a extração de sal-gema.
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Na área do Mutange, estava a mina 18 da Braskem. O local foi desocupado e a Defesa recomenda que pessoas e embarcações evitem transitar nas proximidades. Seis escolas da rede pública de Maceió foram equipadas para abrigar pessoas que tiveram de sair de suas residências e três instituições de ensino estão de sobreaviso. Os locais também vão abrigar animais de estimação.
Nesta quinta (30), a Defesa atualizou o mapa de risco do afundamento dos bairros. O documento foi base para a Justiça Federal determinar a inclusão da área do Bom Parto no programa de realocação da Braskem.
Devido ao risco, a Prefeitura de Maceió criou um Gabinete de Crise para acompanhar a situação e publicar boletins atualizados. A equipe está em comunicação direta com a força-tarefa dos bairros afundados, que tem representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPAL), Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE), além dos comandos da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL), Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Equatorial Energia Alagoas e Algás.
Em nota, a Braskem afirma que está monitorando a situação da mina 18 e que trabalha, desde a noite de quarta-feira (29/11), no apoio à realocação emergencial. Segundo a petroquímica, 99,3% dos imóveis estão desocupados.
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