Felipe Proenço de Oliveira, Secretário Adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, participou, nesta quinta-feira (28/12), do programa CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília. Em entrevista às jornalistas Ana Maria Campos e Sibele Negromonte, ele falou da importância do programa Mais Médicos e fez um balanço dos avanços da iniciativa neste ano. Lançado em 2013 no governo de Dilma Rousseff, o programa leva profissionais da saúde para atender os municípios mais vulneráveis. No governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde trocou o nome do programa para “Médicos pelo Brasil” e mudou as regras.
O presidente Lula relançou o programa por meio de uma medida provisória (MP) publicada em março e aprovada em junho pelo Congresso Nacional. “Tivemos um primeiro ano de reconstruir o programa Mais Médicos, quando iniciamos a gestão em janeiro, eram mais de 5 mil equipes de saúde da família que estavam sem profissionais, médicos. Então, você tinha o enfermeiro, você tinha o agente comunitário de saúde, mas você não tinha o profissional médico”, disse.
A nova lei do programa Mais Médicos criou a Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde. Além disso, com o relançamento, o governo federal previa ampliar em 15 mil o número de médicos na atenção básica do SUS, especialmente em regiões vulneráveis.
“Ao recompormos o programa, colocarmos novos incentivos também para a participação do profissional médico podemos vislumbrar um aumento também do número de profissionais no programa. Então, o ano de 2023 foi um ano de recordes no Mais Médicos. Seja porque 34 mil profissionais se inscreveram para o edital que foi lançado no primeiro semestre, seja porque conseguimos alcançar a marca de 28 mil profissionais participando do programa”, pontuou Felipe Proenço.
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Incentivos de permanência
Com o relançamento do programa que amplia o atendimento da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o governo também passou a incentivar os profissionais a fazerem especialização e mestrado em até quatro anos enquanto trabalham no programa Mais Médicos. Felipe Proenço frisou a importância da especialização dos profissionais de saúde.
“O ano de 2024 é um ano de consolidação no programa porque iniciamos a especialização em medicina de família e comunidade, conseguimos ter a alocação dos profissionais nos municípios e agora é garantir esse processo de formação que caracteriza o programa Mais Médicos. Colocamos essa meta dentro do programa mais médicos que é a formação de especialistas em medicina de família e comunidade. Outra questão foi diversificar as ofertas de formação. Além da especialização que já confere um título acadêmico importante para o médico, colocamos também a possibilidade da realização de um mestrado profissional”, disse.
*Estagiária sob supervisão de Talita de Souza
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