Amanda Partata teria retornado à casa da família Alves um dia depois de envenenar o ex-sogro e a mãe dele, disse o advogado da família das vítimas nesta terça-feira (26/12). As mortes ocorreram em 17 de dezembro, mesmo dia em que a advogada de 31 anos levou um café da manhã para as vítimas. No dia 18, Amanda teria ido novamente à casa, durante o trabalho de perícia da Polícia Técnico-Científica.
O advogado dos Alves, Luis Gustavo Nicoli, afirmou que, apesar de saber das mortes, a ex-nora não teria demonstrado nenhum sentimento. "Ela foi por conta própria, conversou a respeito com familiares e policiais, mas não demonstrou nenhum sentimento. Nada, nada, nada, totalmente fria", declarou ao jornal O Popular.
A família não tinha suspeitas da advogada até as declarações da polícia. A investigação da Polícia Civil apontou que, antes de morrer, Leonardo Pereira Alves (ex-sogro), enviou um áudio para Amanda dizendo que ele e sua mãe passavam mal e que era para a advogada tomar cuidado — pois se dizia grávida.
"Ela (Amanda) ficou ali (na casa) entre 9h e 12h. Assim que ela sai, recebe um áudio de Leonardo reclamando de dores estomacais, vômito e diarreia", afirmou Carlos Alfama, delegado responsável pelo caso. Leonardo ainda teria dito para Amanda buscar atendimento médico, acrescenta o oficial.
De acordo com a investigação, a advogada só teria buscado ajuda médica depois da morte do ex-sogro e da mãe dele.
Entenda o caso
Amanda Partata foi presa em 20 de dezembro, acusada de assassinar Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86. No domingo (17/12), Amanda chegou na casa dos ex-sogros com alimentos diversos para um café da manhã.
Três horas depois de consumirem a refeição, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, bem como terem vômitos e diarreia. Os dois foram internados Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, porém não resistiram e morreram no próprio domingo.
Em interrogatório, Amanda negou ter envenenado as vítimas. A polícia, porém, descartou hipóteses naturais de morte ou intoxicação alimentar. "O perito apontou: a morte foi por envenenamento", afirmou o delegado Alfama.
A motivação para o crime seria o término de namoro de Amanda com o filho de Leonardo. A advogada estaria se sentindo rejeitada após a separação, que aconteceu há dois meses. Com a desculpa de uma gravidez, continuou frequentando a casa da família. A gestação seria falsa, concluiu a polícia.
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