O número de doses de vacinas aplicadas em indígenas dobrou em 2023 se comparado com 2022, passando de 20.931 para 42.467. A operação Gota, iniciada em abril e finalizada em novembro, atendeu comunidades do Alto Rio Negro, Médio Rio Solimões, Médio Rio Purus, Amapá e Norte do Pará, e Vale do Javari. Segundo o Ministério da Saúde, ao todo 18.648 indígenas foram vacinados neste ano em 306 aldeias. Foram ofertados mais de 20 tipos de imunobiológicos, incluindo vacinas contra a covid-19, influenza e antirrábica humana.
O secretário de saúde indígena, Weibe Tapeba, destacou o esforço interministerial na campanha de imunização dos povos originários. “Este ano foi estratégico para a saúde do meu povo. Fizemos um processo de fortalecimento e reconstrução da política de saúde indígena, que foi tão atacada e fragilizada nos últimos tempos. Com a operação Gota, pudemos assegurar o acesso à imunização àqueles que estão em terras de difícil acesso” afirmou.
- Barroso determina que governo apresente medidas de proteção a povo yanomami
- Farmácia Popular é relançada e, agora, inclui povos indígenas
A operação Gota, fruto da parceria entre os ministérios da Saúde e da Defesa, contou com a atuação de 183 profissionais. "O planejamento e a organização para a realização das próximas operações no ano que vem estão pactuados para janeiro de 2024, com o objetivo de dar andamento à campanha nas áreas de acesso restrito", destacou a Secretaria de Saúde Indígena.
As áreas consideradas de difícil acesso são definidas pelos seguintes critérios: área não atendida por rodovia ou hidrovia; que exige do profissional mais de 5 dias de viagem; área sem visitação ou entrada por mais de seis meses no ano; áreas com barreiras geográficas ou de floresta que exigem a permanência do profissional por mais de quatro dias sem comunicação.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br