A Polícia Civil de Goiás acredita que Amanda Partata, advogada suspeita de matar familiares do ex-namorado, colocou veneno no suco das vítimas para assassiná-las. O delegado do caso, Carlos Alfama, descartou que as mortes de Leonardo Pereira Alves e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, aconteceram por causas naturais ou intoxicação alimentar. "O perito apontou: a morte foi por envenenamento".
Amanda foi presa na quarta-feira (20), acusada de homicídio. Em interrogatório, negou a autoria do crime. A Polícia Científica tenta descobrir qual foi a substância ingerida pelas vítimas. O que se sabe, porém, é que as mortes não ocorreram por intoxicação alimentar. Se essa fosse a causa, levaria mais tempo para elas morrerem, devido ao tempo de incubação das bactérias. "Mesmo que a perícia não encontre veneno nas substâncias apreendidas, a certeza é de uma morte por envenenamento", disse o delegado.
A hipótese dos investigadores é que o veneno tenha sido ministrado no suco, pela facilidade de dissolução de substâncias em meio líquido.
Motivo
Conforme as investigações, Amanda estaria se sentindo rejeitada depois do término do namoro dela com o filho de uma das vítimas, Leonardo. O rapaz teria encerrado a relação amigavelmente há dois meses. No entanto, a advogada continuou frequentando a casa dos parentes do ex-namorado, já que afirmava estar grávida. A gravidez seria falsa, concluiu Alfagama.
O crime
No domingo (17/12), Amanda chegou na casa dos ex-sogros com alimentos diversos para um café da manhã. Em casa, estavam Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado, Luzia Tereza Alves, avó do ex-namorado, e o marido de Luzia. Apenas o último familiar não comeu os alimentos trazidos pela advogada naquela manhã. “Eu acredito que a intenção dela era matar qualquer pessoa que consumisse os alimentos”, afirmou o delegado.
Cerca de três horas depois, Leonardo e Luzia passaram a sentir dores abdominais, bem como terem vômitos e diarreia. Os dois foram internados Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, porém não resistiram.
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