Território

Após retomada, indígenas sofrem novo ataque armado no MS

Crime ocorreu na tarde deste sábado (16/12). Este é o segundo ataque sofrido pela comunidade em menos de três semanas

Segundo o Cimi, a área é uma das poucas que não foi desmatada por fazendeiros -  (crédito: Reprodução/Tiago Miotto/Cimi)
Segundo o Cimi, a área é uma das poucas que não foi desmatada por fazendeiros - (crédito: Reprodução/Tiago Miotto/Cimi)
postado em 17/12/2023 12:07 / atualizado em 17/12/2023 12:11

Um grupo de indígenas do tekoha Pyelito Kue/Mbakara'y sofreu um ataque por seguranças armados na tarde deste sábado (16/12). O crime ocorreu após uma retomada feita na fazenda Cachoeira, em Iguatemi, no Mato Grosso do Sul. 

Lideranças informaram que o ataque começou por volta das 15h30, no horário local. Até o momento, não existem informações sobre feridos e nem se os conflitos encerraram. As informações são do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). 

Na madrugada de sábado, um grupo de cerca de 30 indígenas, entre homens, mulheres e crianças, ocupou uma pequena área de mata no interior da fazenda, que tem o tamanho de 2.387 hectares. O local fica totalmente sobreposto à Terra Indígena Iguatemipegua. 

Segundo o Cimi, a área é uma das poucas que não foi desmatada por fazendeiros. Os indígenas pedem apoio e presença de autoridades federais da região, pois não confiam nas forças de segurança locais e no Departamento de Operações de Fronteira. 

Este não é o primeiro ataque sofrido pela comunidade. Em 22 de novembro, seguranças atacaram os indígenas, além de um jornalista e uma antropóloga que passavam pela região. Na ocasião, cerca de 40 indígenas foram atacados cinco dias após retomarem uma área de mata da fazenda Maringá. 

O Correio entrou em contato com a Defensoria Pública da União (DPU), com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (DPE-MS) e com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), mas ainda não teve retorno. 

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