Meio Ambiente

Fundo Amazônia: Noruega doa mais R$ 245 milhões

Anuncio foi feito por ministro do país europeu depois de encontro com Marina Silva, na COP28, em Dubai. É o segundo repasse feito pelo governo de Oslo

Marina comemorou novo aporte de recursos anunciado pela Noruega -  (crédito: Reprodução/TV)
Marina comemorou novo aporte de recursos anunciado pela Noruega - (crédito: Reprodução/TV)
postado em 12/12/2023 03:55

Isabel Dourado*

A Noruega anunciou, ontem, a doação de mais de US$ 50 milhões — aproximadamente R$ 245 milhões — ao Fundo Amazônia. O anúncio foi feito pelo ministro norueguês para o clima, Andreas Bjelland Eriksen, em um encontro com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em celebração aos 15 anos do fundo — durante a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes. No ano passado, o país europeu havia anunciado que voltaria a fazer repasses, suspensos desde a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O ministro norueguês frisou que o fundo é fundamental para acabar com o desmatamento e contribuir com o desenvolvimento sustentável na Amazônia. "O sucesso do Brasil é extremamente importante para a região, mas também para o mundo. Com fortes esforços para reduzir o desmatamento, e metas ambiciosas para reduzir as emissões climáticas, o Brasil atua como líder global e impulsionador dessa agenda", salientou.

Marina comemorou o anúncio e afirmou que o objetivo é a criação de um ciclo de prosperidade, que mantenha a floresta em pé e respeite as populações indígenas e os povos tradicionais. "A Noruega foi pioneira e principal doadora do Fundo Amazônia nesses 15 anos de parceria. O anúncio feito pelo ministro Eriksen é um reconhecimento por resultados, como a redução de 50% do desmatamento na Amazônia de janeiro a novembro de 2023. O Brasil tem o compromisso de zerar o desmatamento até 2030. O apoio da Noruega e de outros parceiros é fundamental", frisou.

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e reúne doações internacionais para apoiar comunidades tradicionais e organizações que atuam na região. Também apóia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento.

Os recursos do fundo para novos projetos ficaram congelados de setembro de 2019 a dezembro de 2022, após o governo Bolsonaro ter colocado fim ao Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) e ao Comitê Técnico do Fundo Amazônia (CFTA). Mas, desde janeiro deste ano, Reino Unido, Estados Unidos, União Europeia, Suíça, Dinamarca e Alemanha se comprometeram com o fundo.

O governo Lula anunciou uma meta de zerar o desmatamento até 2030. O presidente também reforçou que o apoio internacional, via Fundo Amazônia, pode desempenhar um papel importante na implementação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

 

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